O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), defendeu nesta terça-feira (17) o uso de armas de fogo para garantir a democracia no país. A declaração foi feita durante a inauguração de trechos da BR-101/SE, em Propriá, no Sergipe.
“A arma de fogo, além de segurança para as famílias, é segurança para nossa soberania nacional e a garantia de que a nossa democracia será preservada”, começou Bolsonaro, que é pré-candidato à reeleição e vem sendo acusado por opositores de preparar seu discurso para tentar “melar” as eleições deste ano caso seja derrotado.
“Não interessa os meios que um dia porventura tenhamos que usar. Nossa democracia e nossa liberdade são inegociáveis”, afirmou o chefe do Executivo, que ainda enviou uma mensagem aos profissionais da segurança pública que o pressionam por uma reestruturação das carreiras prometida pelo governo.
“Lamentamos o poder aquisitivo dos servidores públicos, mas tenho certeza que brevemente isso será recuperado. Em especial nossa Polícia Rodoviária Federal, que está nos acompanhando neste momento”, prometeu o chefe do Executivo, que ainda reconheceu a perda do poder aquisitivo da população de um modo geral.
Durante o discurso, Bolsonaro ainda se orgulhou da negociação com a Rússia, o que garantiu a vinda de fertilizantes para o Brasil. De acordo com o presidente, a quantidade desembarcada no país é suficiente para a realização da safra deste ano. “Garantimos fertilizante a vocês fazendo contato com o governo da Rússia. Na semana passada, 26 navios aportaram aqui com fertilizantes, suficiente para a safra deste ano”, declarou o presidente.
Dificuldade no Nordeste
Bolsonaro tem tentado emplacar sua reeleição no Nordeste. Hoje, a região é a que o presidente tem enfrentado a maior dificuldade, pois pesquisas mostram que o ex-chefe do Executivo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está abrindo vantagem por lá quando o assunto é a corrida rumo ao Palácio do Planalto.
Nesta terça, além de dizer: “O Nordeste é nosso”, Bolsonaro ainda repetiu o lema “Deus, Pátria, Família e Liberdade”, uma frase usada pela Ação Integralista Brasileira, movimento de inspiração fascista fundado no Brasil por Plínio Salgado, em 1932.
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