Jair Bolsonaro (PL), presidente da República, debochou nesta quinta-feira (19), durante uma transmissão realizada em suas redes sociais, da presença de observadores internacionais nas eleições brasileiras deste ano. “Podem botar um milhão de observadores nas eleições; vão observar o quê?”, afirmou o chefe do Executivo.
A declaração de Bolsonaro foi feita depois que Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revelou que a Corte pretende trazer para o Brasil mais de 100 observadores de instituições internacionais para acompanhar as eleições que acontecem em outubro.
Nesta quinta, ao comentar sobre o tema, o chefe do Executivo tornou a dizer que existe uma “sala secreta” onde é feita a apuração – o TSE já negou a existência do local. “Vão ter acesso ao código-fonte para ver qual é a apuração? Qual o conhecimento deles de informática?”, questionou o presidente durante sua live.
Essa não foi a primeira vez que Bolsonaro criticou a vinda desses observadores internacionais ao Brasil durante as eleições. De acordo com o portal “UOL”, o presidente, que tem feito ataques sistemáticos à lisura do processo eleitoral, teria, inclusive, tentando pressionar o Palácio do Itamaraty para dificultar a entrada de observadores da União Europeia no País.
Nesta quinta, Bolsonaro disse que a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu maior rival nas eleições, já estaria definida. Isso, tendo como base uma reportagem que mostrou que o senador Jaques Wagner (PT) estaria conversando com embaixadores de outros países sobre a possível posse do petista.
“Jaques Wagner, conversando com embaixadores de outros países, para dizer como Lula vai tomar posse com apoio de outros países. Já definiram as eleições. Que negócio é esse? Tá definido quem é o presidente?”, questionou o chefe do Executivo.
Por fim, o presidente ainda disse que cinco ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) seriam “favoráveis ao aborto”, sem citar o nome de nenhum membro da Corte. O tema é um dos mais sensíveis nas eleições. Prova disso é que, recentemente, Lula disse que era a favor de que o tema fosse discutido. Após a declaração, o ex-chefe do Executivo foi bastante criticado e acabou tendo que voltar atrás em sua opinião.
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