Nesta quinta-feira (26), o presidente Jair Bolsonaro exaltou sua autonomia para nomeação do novo presidente e também dos diretores da Petrobras. Além disso, o presidente classificou como “medida protelatória” a decisão de adiamento da assembleia do conselho de administração da empresa.
Tal medida do conselho é pela opção de escolha do presidente de quem irá assumir o novo cargo na estatal. Nesse sentido, o conselho visa avaliar novos membros e logo após convocar a Assembleia-Geral Extraordinária (AGE) para avaliar o nome de Caio Paes à presidência da empresa.
Jair Bolsonaro e embates na Petrobras
O presidente voltou a ser questionado sobre a nova mudança no conselho durante sua gestão. Ele afirmou que não é da parte dele interferir na companhia. Em tom de crítica, Jair Bolsonaro completou: “O presidente da Petrobras ganha R$ 210 mil por mês, o povo está ouvindo aí? Já o Diretor ganha R$ 110 mil, se for para ficar apertando o botão ali, eu não preciso de pessoas qualificadas lá”.
Jair Bolsonaro não poupou palavras para criticar medidas do conselho e combater críticas feitas por outras sobre sua possível interferência na companhia. Segundo ele, ninguém é dono da Petrobras, mas ele é acionista majoritário, via Ministério de Minas e Energia, logo possui o direito de propor mudança do conselho, diretoria e até do presidente.
No mais, o então presidente também foi questionado sobre o possível prejuízo de uma demora na convocação da assembleia. Com isso, Bolsonaro completou: “Se o atual diretor permanecer mais de seis meses por lá, eles podem ter uma política de continuísmo do que está havendo lá”.
Além de entoar duras críticas sobre a direção e a assembleia da companhia, o presidente, Jair Bolsonaro, não poupou nem os acionistas minoritários. Segundo ele, os acionistas só querem lucro e pouco estão se importando quanto está o preço da gasolina e como a população está pensando.
Possível desabastecimento
Sobre o alerta de que o Brasil poderá sofrer com um possível desabastecimento de diesel, caso não haja novo reajuste, o presidente Jair Bolsonaro voltou a realizar novas críticas, mas agora sobre a margem de lucro da Petrobras. O presidente lembrou do seu pedido de prorrogação do último reajuste, caso em que o próprio ficou irritadíssimo por não ter sido obedecido.
“Nós trabalhamos para não haver desabastecimento. Fiz um grande apelo no mês passado que, ao continuar esta alta de preço, quebra o Brasil. O que apelei à companhia na época é que esta margem, este spread, não precisa ser tão grande como foi”, afirmou o presidente.
Além disso, Jair Bolsonaro foi firme em dizer que tenta ao máximo não interferir na estatal, mas disse que precisará agir sobre medidas com o objetivo de frear a alta dos combustíveis.