O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), se referiu ao principal adversário nas eleições deste ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e ao seu vice, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), como “dois criminosos”. Segundo o presidente, a dupla quer “voltar à cena do crime”.
Lula classifica ataques de Bolsonaro a urnas como ‘idiotice’
A declaração foi feita neste sábado (30) durante a convenção nacional do Republicanos. Realizado em São Paulo, o evento marcou a indicação do ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas ao governo paulista pelo partido. Na ocasião, o presidente afirmou que “aquele cara”, em alusão Lula, “que agora quer voltar a cena com outro criminoso conhecido por suas falcatruas aqui no estado de São Paulo”. O outro criminoso seria Geraldo Alckmin.
“Vocês veem, os bandidos se unem para voltar a assaltar o nosso país. Hoje eu tenho certeza que a maioria da população já tem consciência de quem foram essas pessoas e os malefícios que elas proporcionaram a todos nós”, disse Bolsonaro.
“Repito, peço a Deus que não permita que essas quadrilhas voltem ao poder para roubar o nosso dinheiro e a nossa liberdade”, completou o presidente, que ainda convocou seus apoiadores para os eventos oficiais marcados para o próximo dia 07 de Setembro.
Durante seu discurso, Bolsonaro não se resumiu aos ataques contra Lula e Alckmin, chapa que hoje lidera as pesquisas de intenções de votos. Isso porque o presidente também disparou contra o Supremo Tribunal Federal (STF), dizendo que a Corte retirou dele “o direito de conduzir a pandemia”.
O STF já desmentiu o presidente, explicando que, assim como publicou o Brasil123, na realidade, apenas reafirmou a autonomia de estados e municípios para adotar medidas de isolamento social e definir quais atividades seriam suspensas durante da pandemia da Covid-19.
“Ninguém enfrentou aquilo que nós enfrentamos. Uma pandemia. Ninguém podia esperar que, de março de 2020 para frente, nós viéssemos a sofrer tanto com a pandemia. Digo uma coisa a todos vocês. Me tiraram o direito de conduzir o combate à pandemia. Foi tirado pelo STF. Mas eu não errei em nenhuma das sugestões que eu dei para a população”, disse o presidente.
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