Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República, se encontra atualmente nos Estados Unidos, país que ele deve permanecer até o próximo mês. Quando voltar ao Brasil, o ex-chefe do Executivo deve assumir um cargo no Partido Liberal (PL). No entanto, de acordo com informações do canal “CNN Brasil”, o político ainda não tem a garantia de que irá receber o salário prometido pela legenda de cerca de R$ 39 mil.
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Essa indefinição sobre o salário de Bolsonaro acontece mesmo após a ordem de Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de ter desbloqueado as contas do PL no valor de R$ 1,1 milhão. De acordo com o canal, interlocutores do partido de Bolsonaro revelaram que dirigentes da legenda devem fazer uma reunião nos próximos dias para tratar sobre o tema.
Assim como publicou o Brasil123, a ordem de desbloqueio dada por Alexandre de Moraes, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), aconteceu depois que a legenda alegou que precisava pagar os salários de seus funcionários relativos aos meses de dezembro de 2022, incluindo o 13º salário, e janeiro de 2023. Ao todo, o partido pediu a liberação de R$ 2.071.267,57, mas segundo Alexandre de Moraes, o partido comprovou somente uma dívida de R$ 1.155.673,44.
Em dezembro do ano passado, Alexandre de Moraes condenou o PL a ter que pagar uma multa de R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé porque, em sua visão, a sigla acionou a Justiça de maneira irresponsável ao pedir a verificação das urnas usadas na eleição sem apresentar indícios e provas de irregularidades. Na ação, o partido afirmou que cerca de 60% das urnas não eram auditáveis e, por isso, os votos computados nesses equipamentos deveriam ser anulados – de acordo com Alexandre de Moraes, que classificou o argumento como “esdrúxulo”, todas as urnas utilizadas nas eleições brasileiras são auditáveis.
Após um recurso do PL, o tema foi parar no plenário do TSE, que decidiu pela manutenção da multa. Na ocasião, Alexandre de Moraes, relator do caso, afirmou que “as urnas eletrônicas possuem variados mecanismos físicos e eletrônicos de identificação”, o que, segundo ele, acaba colocando em cheque os argumentos utilizados pela sigla de Bolsonaro.
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