O presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), disse nesta quarta-feira (16) que a Petrobras, ao aumentar os preços dos combustíveis na última quinta-feira (10), “cometeu crime contra a população”. Durante sua declaração, dada em entrevista à TV Ponta Negra, Bolsonaro admitiu que pediu para que a estatal brasileira abaixe os valores, que é a favor da privatização da empresa e que existe, sim, a possibilidade de que a companhia troque de presidente.
“Por questão de um dia, foi feito contato com a Petrobras, porque chegou para nós que eles iriam ajustar na quinta-feira da semana passada, né, e foi feito um pedido para que a empresa deixasse para o dia seguinte, atrasasse um dia”, disse Bolsonaro, relatando que o pedido não foi atendido.
Essa espera, para que o reajuste fosse feito, relatada por Bolsonaro, era pretendida porque o governo já sabia que, no dia seguinte, seria aprovada no Congresso um projeto de lei que muda a cobrança do ICMS sobre combustíveis. “Nós não podemos interferir no preço, mas, se pudesse interferir, as decisões seriam outras”, disse o presidente, que afirma que a estatal virou a “Petrobras Futebol Clube”, “onde o clubinho lá de dentro só pensa neles, jamais pensa no Brasil”.
Troca na Petrobras
Durante a entrevista, o presidente ainda comentou sobre uma eventual troca no comando da Petrobras, que hoje é liderada pelo general Joaquim Silva e Luna. Segundo o chefe do Executivo, “existe essa possibilidade de trocar o presidente da estatal”. “Todo mundo no governo, ministros, secretários, diretores de empresas, presidentes de estatais podem ser substituídos se não estiverem fazendo o trabalho a contento”, começou Bolsonaro.
“Então, eu não quero dizer que vai ser trocado ou que não vai ser trocado, eu só não posso trocar o vice-presidente da República. O resto, todos podem ser trocados, obviamente, por motivos de produtividade, por motivo de falha ou omissão no respectivo serviço”, finalizou.
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