Figura ausente nos debates presidenciais de 2018, Jair Bolsonaro (PL) afirmou na quarta-feira (12) que em 2022 estará presente nos duelos contra os outros candidatos ao Palácio do Planalto. De acordo com o chefe do Executivo, a expectativa é estar presente em todos os eventos do tipo, a começar pelo da “TV Bandeirantes”, que acontece no próximo dia 04 de agosto.
“Eu pretendo ir a todos os debates. Em 2018, compareci em dois e depois tive uma crise, eu levei uma facada. Eu sobrevivi por milagre”, afirmou Bolsonaro em entrevista coletiva realizada em Brasília. Essa não foi a primeira vez que o presidente afirmou que pretende comparecer os debates.
Recentemente, assim como publicou o Brasil123, Bolsonaro também disse que estaria nesses eventos. Na ocasião, ele afirmou que, da sua parte não terá “guerra”, pois ele pretende usar os debates para mostrar o que fez durante o período em que esteve à frente do país. “Da minha parte não vai ter guerra. Tenho quatro anos de mandato para mostrar o que fiz. Agora, não posso aceitar provocação. Coisas pessoais, porque daí você foge da finalidade de um bom debate”, ressaltou Bolsonaro.
Na ocasião, o chefe do Executivo também relatou que colocará condições para participar de debates. Segundo ele, não serão aceitas discussões relacionadas a sua família e amigos, por exemplo. “Eu espero que as televisões que por ventura forem organizar o debate, que levem à risca bastante essa questão”, começou. “É para falar do meu mandato. Até a minha vida particular fique à vontade, mas que não entrem em coisas de família, amigos, que não vai levar a lugar nenhum”, afirmou.
Bolsonaro volta a atacar o STF
Nesta quarta, além de comentar sobre os debates, Bolsonaro voltou a atacar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o presidente, os ministros Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e Alexandre de Moraes, próximo chefe da Corte, são “defensores de Lula”.
Bolsonaro afirmou que os ministros ameaçam e freiam a liberdade de expressão daqueles que são contrários aos seus pensamentos. “Quem eles pensam que são ameaçando, cassando liberdades democráticas nossas, a liberdade de expressão. Porque eles não querem assim? porque eles têm um candidato. Os dois, nós sabemos, são defensores do Lula, querem o Lula presidente”, disse o presidente.
De acordo com informações da “TV Globo”, os ministros não vão responder aos ataques, por enquanto, pois, na Corte, a avaliação é de que em ano eleitoral, Bolsonaro tende a “esticar a corda” a fim de tentar vender à militância a imagem de que o Judiciário “atrapalha” o governo.
Leia também: Popularidade de Bolsonaro é elevada com retorno do Auxílio Brasil