Jair Bolsonaro (PL), presidente da República, aceitou o convite feito pelo chefe de Estado americano, Joe Biden, e irá participar da Cúpula das Américas, marcada para acontecer de 06 a 10 de junho em Los Angeles. A informação foi revelada nesta quinta-feira (26) pelo Ministério das Relações Exteriores, que ainda informou que está previsto um encontro entre Bolsonaro e Biden durante a Cúpula.
O convite havia sido revelado pelo colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, dois dias depois de Bolsonaro ter recebido no Planalto o enviado especial da Cúpula das Américas, Christopher Dodd, e o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Douglas Koneff.
Segundo as informações, o intuito da Cúpula das Américas é reunir os líderes do continente para discutir o fortalecimento da democracia na região. Essa será a nona vez que o encontro, organizado pelo governo norte-americano, acontece.
Alguns países como Nicarágua, Venezuela e Cuba não foram convidados. Em forma de protesto, México, Bolívia, Honduras e algumas nações do Caribe divulgaram um comunicado afirmando que não vão participar do encontro, a menos que todos os países do hemisfério sejam chamados para o evento.
Durante audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, afirmou que “aparentemente” a cúpula terá “baixa adesão”, justamente por conta das ausências dos líderes que contestam a exclusão dos países anteriormente citados.
Relação distante entre Bolsonaro e Biden
Bolsonaro tem uma relação distante com Joe Biden. Isso porque o chefe do Executivo brasileiro era apoiador do ex-presidente Donald Trump, que foi derrotado em 2020, quando tentava se reeleger. Na época, Bolsonaro chegou a afirmar que houve fraude na eleição dos Estados Unidos.
Desde então, Biden e Bolsonaro nunca tiverem uma reunião bilateral – o encontro deve finalmente acontecer. Hoje, o governo de Biden tem tentado demonstrar que retomou o protagonismo em temas latino-americanos.
Leia também: Mourão afirma que resultado das eleições não será questionado ‘com Exército na rua’