As bolsas europeias encerraram esta terça-feira (9), em sua maioria, no vermelho. A principal razão para os resultados negativos no dia, que atingiram quase todos os mercados acionários locais, foi a realização de lucros por alguns investidores. Ao mesmo tempo, os mercados continuam bastante atentos ao avanço da pandemia da Covid-19, bem como ao ritmo de vacinação dos países.
Em resumo, as bolsas da Europa passaram um dia tranquilo, sem grande apetite a ativos de risco. Na verdade, o que mais exerceu influência no pregão de hoje foram os lucros embolsados pelos investidores. Muitos optaram por fazer isso, após diversas sessões seguidas de ganhos na maioria dos mercados europeus.
Nesta terça, a União Europeia (UE) anunciou um acordo para adquirir mais 300 milhões de doses da vacina da Pfizer e BioNTech. Isso aconteceu ontem (8), após o fechamento dos mercados europeus. Contudo, o que poderia puxar as bolsas para cima, acabou não impactando os índices como poderia. E nem mesmo a perspectiva de melhora da vacinação na Europa conseguiu reverter o desempenho no vermelho da maioria dos mercados acionários.
Veja as principais variações das bolsas europeias
Dessa forma, a realização de lucros disparou e puxou as principais bolsas da Europa para baixo. Assim, o índice pan-europeu Stoxx Europe 600 caiu 0,09%, interrompendo uma sequência de seis altas. A saber, este índice engloba 600 empresas de 18 países europeus, de pequeno, médio e grande porte. Aliás, o índice representa certa de 90% das empresas europeias que estão listadas em bolsas de valores.
Da mesma forma, também houve queda em outras bolsas da Europa. A maior retração percentual veio do índice Ibex-35, em Madrid (-1,44%), puxado pelo setor de energia renovável, com as fortes queda da Solaria (-12,54%) e da Siemens Gamesa (-3,99%). Também houve recuo no índice Ftse/Mib, em Milão (-0,54%), mesmo com o aumento do apoio ao novo primeiro-ministro italiano, Mario Draghi.
Os mercados de DAX, em Frankfurt (-0,34%), e PSI20, em Lisboa (-0,30%) também caíram. Na Alemanha, a queda aconteceu, mesmo com o anúncio da estabilização dos números da pandemia da Covid-19 e com dados de exportações e importações melhores que o esperado. Já em Portugal, a pandemia ainda provoca muito receio e o governo da Espanha estendeu para o dia 1º de março o controle de fronteira com o país português.
Por fim, os únicos índices que subiram no dia foram o Financial Times, em Londres (0,12%), e o CAC-40, em Paris (0,10%). Em suma, a alta no Reino Unido aconteceu, principalmente, devido ao sucesso no programa de imunização local. Na França, por sua vez, o avanço não foi maior, porque a companhia petrolífera Total despencou 2,09%, maior queda do índice no dia. Isso aconteceu após a divulgação da forte queda no lucro da empresa no quarto trimestre de 2020.
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