O programa Bolsa Família desempenha um papel crucial na vida de inúmeras pessoas em todo o Brasil, incluindo as famílias compostas por apenas uma pessoa, conhecidas como famílias unipessoais.
Devido ao aumento não oficial de pessoas que vivem sozinhas e recebem o Bolsa Família, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) conduziu uma revisão cadastral para aprimorar a qualidade dos dados registrados e assegurar a elegibilidade dos beneficiários.
Para isso, as famílias unipessoais foram instruídas a comparecer aos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) para digitalizar seus documentos de identidade, o termo de responsabilidade e outros comprovantes. O processo em si é simples, mas pode gerar algumas dúvidas entre os beneficiários.
Se você é uma pessoa cadastrada como família unipessoal no Bolsa Família. Então, continue lendo para saber quem precisa passar pelo processo de digitalização, quando isso é necessário e qual é o impacto para os beneficiários.
Digitalização para Aprimorar a Qualidade dos Dados Cadastrais e Garantir a Elegibilidade dos Beneficiários
A digitalização dos documentos para verificação de dados do Bolsa Família ocorre no CRAS. O responsável familiar deve se dirigir ao local com os documentos originais e comprovantes, sem a necessidade de fornecer cópias deles.
A digitalização é essencialmente uma conversão dos documentos em papel em arquivos digitais, que devem ser enviados ao MDS.
Para famílias unipessoais que se cadastraram antes de 31 de julho de 2023 e ainda não foram habilitadas. É necessário realizar uma nova atualização e o procedimento de digitalização dos documentos de identidade e do termo de responsabilidade.
Segundo o Anexo1 da IN nº 4 de 2023, essas famílias só poderão ingressar no programa do Bolsa Família e atender aos critérios de elegibilidade mediante a inserção da documentação requerida. Caso não o façam, não poderão participar do programa, mesmo que tenham se cadastrado recentemente.
Famílias Unipessoais Bloqueadas ou Canceladas por Averiguação Cadastral
Famílias unipessoais que foram bloqueadas ou canceladas por averiguação cadastral e que já atualizaram seus cadastros antes de 31 de julho não precisam, por enquanto, realizar a digitalização dos documentos.
No entanto, se desejarem reverter seu status, é aconselhável seguir as orientações do programa e realizar a digitalização o quanto antes.
Famílias Unipessoais que já Foram Desbloqueadas ou Estão Recebendo o Bolsa Família
Até o momento, as famílias que já tiveram seus benefícios desbloqueados e estão recebendo o Bolsa Família normalmente não foram convocadas novamente para digitalizar seus documentos de identidade.
No entanto, o Ministério recomenda que essas famílias compareçam ao CRAS nos próximos meses. O comparecimento será para inserir os documentos digitalizados, a fim de melhorar a qualidade de seus dados cadastrais e evitar problemas futuros.
Limite de 16% para Famílias Unipessoais no Bolsa Família
É importante destacar que o MDS estabeleceu um limite de 16% para famílias unipessoais entre o total de beneficiários do Bolsa Família em cada município. Esse percentual é aplicado por município e não por número de habitantes.
Por exemplo, se um município tem 10 mil beneficiários do Bolsa Família, apenas 1.600 deles podem ser famílias unipessoais, de acordo com a regra da Portaria 911 do MDS.
Se o limite de 16% já foi atingido em um município, novas famílias unipessoais não poderão ingressar no programa.
Essa decisão foi baseada em dados que indicam que a porcentagem real de lares com apenas um morador é de aproximadamente 15,9%, conforme o IBGE. Portanto, o MDS optou por estabelecer o limite de 16% para refletir essa realidade estatística.
Essa medida visa aprimorar a equidade e a eficácia do programa Bolsa Família, garantindo que ele atenda às necessidades das famílias mais vulneráveis.