Em entrevista concedida nesta quarta-feira (27), ao Programa Alerta Nacional da RedeTV, o presidente Jair Bolsonaro declarou que não pode acabar com o benefício voltado ao público do Bolsa Família.
Bolsonaro destacou que a manutenção do benefício se faz necessária porque boa parte dos assistidos não consegue emprego por falta de qualificação profissional.
“Não tem como tirar o Bolsa Família do pessoal, como alguns querem. São 17 milhões que não têm como ir mais para o mercado de trabalho, que com todo o respeito, não sabem fazer quase nada. O que a juventude aprendeu com 14 anos do PT, tendo o ministro Haddad lá na Educação?”, indagou Bolsonaro a Sikêra Júnior durante a entrevista.
Auxílio Brasil: o novo Bolsa Família
Como se sabe, a partir de novembro deverá ter início a execução do Programa Auxílio Brasil, em substituição ao atual Bolsa Família.
Em relação aos valores, Bolsonaro afirmou que tem como aumentar o benefício social, mas depende do Congresso para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios.
Recentemente o ministro da Cidadania, João Roma, anunciou que o programa terá um reajuste de 20% e começará a ser pago em novembro de 2021.
Assim, aplicando essa porcentagem ao valor médio atual de R$ 192, o novo benefício ficaria em R$ 230.
Existem informações de bastidores de que em novembro esse será o valor pago no novo programa, e somente após a aprovação da PEC dos Precatórios, caso ocorra, é que o valor poderá chegar a R$ 400.
Além disso, a expectativa do governo com a reformulação do Bolsa Família é ampliar o alcance do programa e abranger maior número de pessoas.
Atualmente, o programa social do governo federal contempla 14,7 milhões de famílias de baixa renda e com a reformulação, o governo pretende atender cerca de 17 milhões de famílias.
Teto de gastos
A saber, na última semana, a ala política do governo entrou em embate com a equipe econômica em razão das negociações para viabilizar o programa.
A principal discussão gira em torno da decisão de furar o teto de gastos, regra que impede o governo de deixar as despesas crescerem acima da inflação do ano anterior.
Em relação aos precatórios, nesta quarta-feira (27), o Plenário da Câmara concluiu a discussão da PEC e a expectativa é que a votação seja realizada na próxima semana.
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