Neste ano, o Auxílio Brasil irá voltar para seu antigo nome, o Bolsa Família. A partir da metade do tempo de governo de Jair Bolsonaro, o nome do principal programa de transferência do governo foi alterado para ter maior identidade com o então presidente e, além disso, uma série de critérios para que o beneficiário fosse aprovado ou mantido no programa, passaram a ser desconsiderados.
Nesse sentido, para efeito de comparação, antes da mudança de nome, o Bolsa Família possuía em seu registro aproximadamente 14,5 milhões de famílias e, no Auxílio Brasil, o programa de transferência de renda passou a contar com mais de 21 milhões de famílias em pouco menos de 2 anos de operação.
Sendo assim, o alto aumento de famílias beneficiadas chamou a atenção do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva e, conforme já foi anunciado por Wellington Dias, ministro de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, algumas pessoas deixarão de receber o benefício devido ao “pente-fino” que já irão realizar no cadastro dos beneficiários.
Por enquanto, o pagamento do valor de R$600 está assegurado para todos os beneficiários do Auxílio Brasil e, além disso, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, já afirmou que a migração dos beneficiários para o Bolsa Família está garantido até que a completa reestruturação das regras e do sistema de cadastro esteja completamente realizada.
Quem poder perder o Bolsa Família?
Existem alguns grupos que ficam em destaque no pente-fino que irá ser realizado pelo governo federal nos cadastros do Bolsa Família. O grupo que mais se destaca está relacionado aos beneficiários que compõem famílias unipessoais, que são aquelas formadas por apenas um integrante que mora sozinho.
Segundo especialistas, a averiguação cadastral que o governo federal irá fazer e a pretensão de dar preferência ao pagamento do Bolsa Família para famílias com mais de uma pessoa, deverá fazer com que este grupo seja identificado como um dos principais fora da regra que será estabelecida. A expectativa é tornar o programa mais eficiente no combate à pobreza.
Além disso, famílias que possuem crianças em sua composição familiar deverão ter atenção, dado que a regra que obrigava a matrícula e frequência escolar das crianças deverá voltar. Caso este requisito não seja cumprido, o depósito mensal dos valores do benefícios poderão ser encerrados.
Um outro ponto em relação às crianças é a apresentação do cartão de vacina, será necessário apresentar que as imunizações estão em dia para crianças de até 6 anos, bem como o acompanhamento médico de crescimento e desenvolvimento.
Por fim, titulares do Bolsa Família que estiverem grávidas deverão ter que, apresentar provas do acompanhamento pré-natal. Esta era uma das regras utilizadas pelo Bolsa Família para pagamento do benefício e que deverão ser utilizadas novamente, junto com outras regras, para que a população mais pobre tenha, além dos valores, o devido acompanhamento relacionado a sua saúde e escolaridade.