Beneficiários de diversos programas do Governo Federal estão preocupados com a onda de cancelamentos de benefícios. Isso porque, há evidências que mostram que o ex-presidente Jair Bolsonaro fraudou a aprovação de pagamentos de R$ 13 bilhões para contas suspeitas no Bolsa Família, mas também em outros programas. A fala é do secretário de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta.
Por isso, é preciso entender como acontece os cortes dos benefícios, além de entender o que fazer para não ter os pagamentos cortados pelo governo. Vale lembrar que quem atende às regras do Bolsa Família não precisa se preocupar.
Fraude nos benefícios
Uma extensa investigação acontece nos gabinetes de altos cargos do governo. Isso porque há indícios de que o ex-presidente, Jair Bolsonaro, teria aprovado, de forma irregular, o pagamento de diversos benefícios. Dessa forma, durante as eleições do ano passado, o político teria aprovado diversas inserções nos programas do governo, em especial no Bolsa Família.
Além do maior programa de renda do país, outros estariam irregulares. Com isso, o vale-gás também está sofrendo diversos cortes. O Governo Federal ainda estuda fraudes nos auxílios temporários anunciados no ano passado, como o Auxílio Taxista e o Auxílio Caminhoneiro. Segundo Paulo Pimenta, cerca de 4 milhões de pessoas foram afetadas pelas irregularidades, de acordo com análises preliminares.
Ainda, os auxílios se juntam à liberação de um empréstimo consignado para beneficiários do então Auxílio Brasil. Com isso, o amplo envio de valores para essas pessoas é entendido, pela atual gestão, como uma compra de votos para o ex-presidente. Opositores negam as acusações e o processo será julgado pela justiça brasileira. As acusações, inclusive, podem tornar Bolsonaro inelegível.
“O crédito consignado liberado pela Caixa também é uma evidência do uso da máquina. Informações do Uol divulgadas à época revelaram que a Caixa disponibilizou 99% de toda sua carteira do Auxílio Brasil durante o período eleitoral. Foram gastos R$ 7,595 bi para 2,9 milhões de beneficiários”, disse Paulo Pimenta.
O que fazer para não perder o Bolsa Família?
Atualmente, o Bolsa Família é o principal programa de transferência de renda do país. Ao todo, são cerca de 21 milhões de famílias recebendo o benefício, principalmente no Nordeste, região que concentra o maior número de beneficiários no país. Por isso, é fundamental entender as regras para que não haja o bloqueio do benefício.
Assim, confira abaixo as regras do Bolsa Família:
- A família deve estar inscrita no Cadastro Único (CadÚnico), a base de dados do governo. Para isso, basta ir a um Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) próximo à sua região;
- Além disso, é preciso comprovar uma renda de até R$ 218 por pessoa. Dessa forma, o programa leva em conta a renda total dos integrantes da família, além da quantidade de integrantes do grupo familiar.
Vale lembrar que estar no CadÚnico não é o suficiente para receber o valor. Dessa forma, é preciso cumprir todos os requisitos. Além disso, o valor cai diretamente na conta vinculada ao recebimento do Bolsa Família, que o governo abre assim que há a aprovação no benefício. Ainda, é possível receber pelo Caixa Tem e também pela Poupança Social Digital.
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