O pagamento do Bolsa Família de junho tem início nesta segunda-feira (19), com a garantia da implementação completa do programa.
Desse modo, passam a valer todos os benefícios previstos na reformulação do programa, incluindo a renda de R$ 142 por integrante da família, de qualquer idade.
Com isso, o programa de transferência de renda bate novos recordes.
Alcance da nova rodada do Bolsa Família
A saber, são R$ 14,97 bilhões investidos pelo Governo Federal na folha de pagamento do Bolsa Família de junho, um aumento de 6,15% em relação a maio.
Além disso, o benefício médio também é o maior da história: R$ 705,40.
São 21,2 milhões de famílias beneficiárias, das quais 9,8 milhões passam a receber mais recursos do que no mês passado.
Outra novidade é o Benefício Variável Familiar de R$ 50 para gestantes, crianças e adolescentes de sete a 18 anos.
Maria Cristiane Oliveira, 34 anos, mora em Teresina, está desempregada e cuida sozinha dos sete filhos, sendo cinco meninas e dois meninos, com 16, 13, 11, 8, 5, 2, 1 anos.
Agora, ela passa a receber R$ 200 pelos mais velhos, além dos R$ 450 que recebe desde março pelos mais novos, referentes ao Benefício Primeira Infância.
Ainda mais, com o per capita de R$ 142, a família passa a ter uma renda de R$ 1.136 somente com a renda mínima garantida.
“Para mim, eu não compro nada, eu não compro um calçado, roupa, xampu. Penso neles. Quando posso, compro uma fruta, uma coisa melhor para eles comerem, quando tem um dinheirinho a mais”, revelou Cristiane Oliveira.
Fora o programa, ela não conta outra fonte de renda nem com a ajuda dos pais das crianças.
Há cinco anos morando de aluguel, Cristiane revela que o valor a mais que receberá esse mês vai ajudar em uma melhor alimentação para os filhos e a pagar outras despesas, como material escolar.
“Vai ajudar nas despesas de casa, porque eu moro de aluguel há mais de cinco anos, além de ajudar na alimentação dos meus filhos, alimentar melhor, comprar material escolar. Eu gasto também com muita fralda e leite, vai ajudar nessa questão”, detalhou.
Cristiane Oliveira toma remédio controlado e também pode se beneficiar do relançamento do Farmácia Popular, que passa a ter medicamentos gratuitos para quem recebe o Bolsa Família.
Além disso, o sonho dela de sair do aluguel e deixar uma moradia para os filhos pode ser viabilizado pelo novo Minha Casa, Minha Vida, que retomou a faixa 1. Um conjunto de medidas do Governo Federal para melhorar a qualidade de vida das pessoas e gerar oportunidades.
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Benefícios
A partir deste mês, com a implantação total da nova versão do programa, o cálculo do repasse parte do princípio de que cada integrante da família tem direito ao Benefício Renda de Cidadania, correspondente a R$ 142. Para as 54,6 milhões de pessoas beneficiárias, esse repasse soma R$ 7,57 bilhões.
“O novo Bolsa Família chega em junho com a liberação de mais de oito milhões de cartões do Bolsa Família, de pagamento pela Caixa Econômica Federal, integrando mais famílias que tem a opção de sacar o dinheiro no banco e na rede credenciada, lotéricas, Caixa Aqui, ou de pagar suas compras com o cartão na função débito”, anunciou Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
Em resumo, dependendo da composição familiar, pode ser necessário o repasse do Benefício Complementar para que o lar atinja o valor mínimo de R$ 600. Neste mês, são 19,4 milhões de famílias recebendo o complemento, totalizando R$ 5,27 bilhões.
Em seguida, são aplicados os adicionais para crianças de zero a seis anos (Benefício Primeira Infância), que têm direito a R$ 150 cada. Em todo o país, 9,12 milhões de crianças nessa faixa etária são beneficiadas com o repasse de R$ 1,34 bilhão. De maio para junho, foram incluídas 85,2 mil crianças de até seis anos no programa.
Em complemento, neste mês passa a valer ainda o Benefício Variável Familiar de R$ 50 para gestantes, crianças e adolescentes de sete a 18 anos. Ao todo, 943,5 mil gestantes são atendidas pelo investimento de R$ 46,2 milhões.
Há ainda 12,36 milhões de crianças de sete a 11 anos (R$ 601 milhões) e 2,46 milhões de adolescentes de 12 a 18 anos (R$ 119,5 milhões).
Por fim, o Governo Federal paga ainda R$ 11,9 milhões em Benefício Extraordinário de Transição para 223 mil famílias beneficiárias, garantindo que ninguém receba menos do que recebia no programa anterior.
Com informações da Assessoria de Comunicação do MDS
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