Mais de 70 milhões de brasileiros estão atualmente inadimplentes, e o número continua crescendo. Essa situação tem uma série de repercussões desfavoráveis, inclusive dificultando a obtenção de crédito e o acesso a empréstimos e cartões de crédito com limites mais altos. Por isso que hoje, vamos informar como a Bolsa Família ajuda a reduzir a inadimplência.
Antes de mais nada, é preciso esclarecer que há uma distinção entre quem está endividado e quem é inadimplente. As pessoas que estão endividadas têm algum tipo de obrigação financeira que deve ser paga até uma determinada data. No caso de pessoas inadimplentes, é quando uma dívida está vencida ou uma pessoa não tem recursos para saldar uma dívida.
Diante disso, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) determinou que os novos cronogramas de pagamento do Bolsa Família foram eficazes na redução dos níveis de insolvência. Os números mostram o que pode estar por trás dessa queda.
Bolsa Família ajuda a reduzir a inadimplência, afirma a pesquisa
Segundo a pesquisa da CNC, o percentual de famílias pobres brasileiras que recebem o Bolsa Família caiu pelo quarto ano consecutivo, de 29,4% para 29,1%. A redução pode parecer pequena, mas terá um impacto significativo na economia do país.
Também apresentou queda de março para abril, para os brasileiros com renda de até três salários mínimos, onde a taxa de inadimplência caiu de 36,9% para 36,3%. A mensalidade mínima foi fixada em R$ 600,00 pelo Bolsa Família a partir de janeiro (mas já havia sido paga desde agosto de 2022). A ideia é que famílias maiores sejam recompensadas com valores mais altos, então estão previstas mais três adicionais:
De R$ 150,00, para grupos familiares que possuem crianças com idades entre 0 e 6 anos, desde que apresentem frequência escolar superior a 60% e carteira de vacinação completa. O pagamento deste adicional começou no mês de março;
- De R$ 50,00, para grupos familiares com crianças e adolescentes com idades entre 7 e 18 anos incompletos, que estejam frequentando a Educação Básica, desde que comprovem frequência escolar superior a 75%, e tenham a carteira de vacinação em dia. O pagamento deste adicional começará em junho;
- De R$ 50,00, para mulheres gestantes, desde que comprovem a realização dos exames pré-natais. O pagamento deste adicional começará em junho.
Ainda sem considerar o pagamento a cada 2 meses, do vale gás, que corresponde a valores aproximados entre R$ 110,00 e R$ 120,00.
Quem pode receber o Bolsa Família?
Para receber o Bolsa Família, inicialmente o grupo familiar deve realizar um cadastro no CadÚnico, e para tanto, é preciso ir pessoalmente até o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) mais próximo de sua casa, levando consigo:
- Documentos pessoais com foto de todos os membros do grupo familiar (que moram na mesma casa);
- Documentos que comprovem endereço e telefone para contato;
- Folhas de pagamento das pessoas que trabalham no grupo familiar.
Assim, para receber o Bolsa Família é preciso comprovar renda familiar de R$ 218,00 por pessoa. Nesta comprovação de renda, exclui-se as rendas recebidas pelo BPC (Benefício de Prestação Continuada) e Aposentadoria no valor de 1 salário mínimo.