A equipe econômica do governo federal acredita que o “bolsa caminhoneiro” pode ser a melhor alternativa para evitar a greve da categoria. A saber, auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmam que a solução é um “seguro barato” para blindar o país de novas paralisações dos caminhoneiros.
Em resumo, a “bolsa caminhoneiro” serviria para subsidiar o diesel da categoria. Isso porque o combustível acumula uma disparada de quase 50% nas refinarias da Petrobras apenas em 2022. Esse forte avanço se deve aos dois reajustes que a estatal já promoveu no preço do diesel.
O Ministério da Economia teme que os caminhoneiros entrem em greve e causem uma verdadeira paralisação do país, assim como em 2018. À época, a paralisação fez diversos locais do país sofrerem com a falta de abastecimento de combustíveis.
Além disso, a greve gerou cancelamento de voos por falta de combustíveis, suspensão de aulas em escolas e faculdades, paralisação de produção em fábricas, redução na frota de ônibus do transporte público e suspensão de procedimentos em hospitais.
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Petrobras já alertou sobre risco de desabastecimento de diesel
Em meio à disparada do diesel, o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, enviou uma carta ao Ministério das Minas e Energia (MME), alertando sobre um “elevado risco” de desabastecimento de óleo diesel no segundo trimestre.
De acordo com Coelho, os baixos estoques dos Estados Unidos são muito preocupantes, visto que o país é o principal exportador para o Brasil. Outra preocupação envolve Europa e Singapura, que estão com os níveis mais baixos dos últimos dez anos.
“Diante do cenário de escassez global de diesel e do cronograma de paradas programadas das refinarias – apesar dos melhores esforços da companhia, a Petrobras entende que há elevado risco de desabastecimento de diesel no mercado brasileiro no segundo semestre de 2022“, diz a carta.
Por sua vez, o MME afirmou que vem monitorando os riscos de desabastecimento de diesel no país. Contudo, afirmou que há reservas de combustível “para suprir o país por 38 dias” caso as importações do diesel cessem.
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