A Polícia Federal (PF) devolveu nesta quinta-feira (09), à Câmara dos Deputados, uma bola autografada pelo jogador Neymar, atleta do Paris Saint Germain e da Seleção Brasileira, que havia sido furtada no dia 08 de janeiro, quando apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes – Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional.
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Essa bola devolvida foi dada pela delegação de jogadores do Santos Futebol Clube ao ex-deputado e ex-presidente da Câmara, Marco Maia (PT). Isso, em 10 de abril de 2012, durante uma sessão solene que tinha como intuito comemorar o centenário do clube.
De acordo com informações da Polícia Federal, a bola foi devolvida 20 dias após os atos em Brasília. O objeto estava da cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo. “A bola foi entregue pelo suposto autor do furto à Polícia Militar de São Paulo, que a encaminhou à delegacia da PF na cidade do interior paulista”, revelou a corporação. A bola doada por Neymar ficava exposta no Salão Verde da Câmara, local em que o objeto deve voltar nos próximos dias.
Por conta dos atos golpistas de janeiro, a Polícia Federal deflagrou uma operação intitulada como Lesa Pátria com o intuito de identificar bolsonaristas radicais que financiaram ou participaram dos ataques ao Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal.
Segundo as informações, até o momento, existem 917 pessoas presas por conta dos atos de 08 de janeiro. Dessas pessoas, 612 são homens e estão alojados no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. O restante, isto é, 305, são mulheres que hoje se encontram na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como “Colmeia”.
Além das pessoas que estão presas, outros 460 suspeitos de terem participado dos ataques às sedes dos Três Poderes, por ordem de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, foram liberados, mas estão utilizando tornozeleira eletrônica.
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