O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) encerrou 2020 com uma elevação em seu lucro líquido, diferentemente de diversas empresas que tiveram suas receitas reduzidas num ano bastante difícil. A saber, a instituição somou R$ 20,7 bilhões no ano passado. Esse lucro representa uma elevação de 17% na comparação com 2019, quando o montante ficou em R$ 17,7 bilhões.
Em resumo, essa alta foi impulsionada, principalmente, pela venda de participações societárias. Aliás, os grandes destaques dessas vendas foram as ações de Suzano, Vale e Petrobras. No quarto trimestre de 2020, o BNDES registrou um lucro de R$ 7 bilhões. A propósito, a instituição divulgou o balanço financeiro nesta sexta-feira (12).
De acordo com a diretora financeira do BNDES, Bianca Nasser, a venda de participações societárias respondeu por R$ 8,5 bilhões para o lucro apenas do último trimestre do ano passado. Isso mostra o impacto que essas vendas provocaram na instituição financeira. Apesar desse resultado, houve uma forte queda de 32,3% na carteira de participações societárias em 2020, que encerrou o ano avaliada em R$ 81,8 bilhões.
Além disso, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, afirmou que a instituição teve um papel fundamental no ano passado durante a pandemia da Covid-19. Ele citou a execução de ações cíclicas como um forte exemplo da performance robusta do banco no ano.
Veja mais detalhes do desempenho do BNDES
Em suma, o levantamento também trouxe dados referentes aos desembolsos do BNDES, que totalizaram R$ 64,9 bilhões em 2020. Esse valor corresponde a uma alta de 17% em relação ao ano anterior. A saber, o financiamento a comércio e serviços chegou a R$ 10,3 bilhões ao disparar 66% em 2020. Já infraestrutura respondeu por R$ 24,8 bilhões.
Ao mesmo tempo, o ativo do Sistema BNDES encrrou 2020 com um avanço de 6,9%, para R$ 778,3 bilhões. Também vale destacar a carteira de crédito e repasses, líquida de provisão, que alcançou a marca de R$ 446,9 bilhões. Dessa forma, representou 57,4% dos ativos totais, avançando 1,2% no ano passado. E o BNDES também relatou que a inadimplência de 90 dias retornou ao nível de 2013, ao recuar de 0,84% em 2019 para 0,01% em 2020.
Por fim, o valor devido pelo BNDES ao Tesouro Nacional foi de R$ 195,3 bilhões no ano, o que representa uma queda de 2,2% em relação a 2019.
LEIA MAIS
Vendas do comércio varejista caem em 23 das 27 UFs em janeiro
Dólar segue em alta hoje (12), com mercado avaliando PEC Emergencial