O BMG não conseguiu apresentar resultados muito positivos em 2021. A saber, o banco registrou um lucro recorrente de R$ 48 milhões no quarto trimestre do ano passado, queda de 49,8% em relação ao mesmo período de 2020. Com isso, acumulou um lucro de R$ 271 milhões, valor 28,8% menor que o de 2020 (R$ 380,6 milhões).
De acordo com o BMG, a margem financeira ficou em R$ 901 milhões no final de dezembro, queda de 0,9% em relação ao trimestre anterior e de 6,1% em 12 meses. Por outro lado, a carteira de crédito teve expansão de 6,01% em três meses e de 14,0% em um ano, totalizando R$ 15,967 bilhões.
O banco também revelou que as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) cresceram em ambas as bases comparativas Em suma, as despesas somaram R$ 199 milhões, alta de 16% no comparativo trimestral e de 30,4% na base anual.
Por sua vez, a taxa de inadimplência chegou a 5,8% no final do quarto trimestre. O percentual superou tanto o nível registrado no trimestre anterior (5,6%) quanto o do quarto trimestre de 2020 (5,7%).
“A margem financeira vem sofrendo compressão nos últimos trimestres, inicialmente pela redução na taxa média da carteira devido ao mix de produtos, e mais recentemente pelo aumento no custo de captação decorrente do aumento na curva de juros”, disse o BMG.
“A retomada no crescimento nas carteiras de maior yield [rendimento], bem como novos produtos devem aumentar o volume de receitas de crédito e serviços e impactar positivamente a margem”, acrescentou o banco.
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Além disso, o banco também revelou que as receitas de prestação de serviço totalizaram R$ 21 milhões no quarto trimestre. Esse valor superou em 5,1% os números do trimestre anterior e em 11,8% os dados acumulados entre outubro e dezembro de 2020.
Da mesma forma, as despesas administrativas também cresceram em ambas as bases comparativas. Em resumo, o indicador somou R$ 324 milhões, alta de 9,8% em três meses e de 5,2% em um ano.
O BMG atingiu 9,1 milhões de clientes totais no final de dezembro do ano passado, crescimento de 50,5% em relação a 2020. “Aumentamos em 2,4 vezes a quantidade de contas nos últimos doze meses, atingindo 6,3 milhões de contas digitais, com crescimento nos indicadores transacionais e de uso do banco digital”, destacou o banco.
Por fim, o BMG prevê um crescimento de 17% a 21% na carteira em 2022. Já a margem financeira deve encerrar o ano entre R$ 4,285 bilhões e R$ 4,585 bilhões. As despesas podem chegar a R$ 2,350 bilhões no final do ano, enquanto as PPD devem variar de R$ 855 milhões a R$ 955 milhões.