Os caminhoneiros continuam promovendo bloqueios em diversas rodovias do país. Os protestos estão dificultando a vida de milhares de pessoas e trabalhadores. E a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) já fez uma projeção bastante negativa para essas ações.
A saber, a CNC acredita que os bloqueios poderão fazer o comércio brasileiro perder mais que em 2018. Em síntese, a greve dos caminhoneiros em 2018 causou uma retração de 5,8% no volume de vendas, com uma perda diária de R$ 1,8 bilhão. Como a paralisação durou dez dias, a perda chegou a R$ 18 bilhões.
Embora a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as Polícias Militares (PM) estejam agindo para acabar com os bloqueios, ainda há vários pontos de paralisação no país.
“Para a CNC, agrava o cenário do setor a maior dependência que as empresas passaram a ter de serviços de entregas, uma vez que passaram a operar com estoques reduzidos”, explicou.
“A Confederação acrescenta que o registro dessas perdas tende a ser gradual, na medida em que o varejo conta com estoques que, dependendo da duração dos bloqueios, serão consumidos até a normalização do fluxo de mercadorias”, disse a CNC.
“Mas observa que as perdas não se restringem à fonte de receitas, impactando também a elevação dos custos, especialmente, daqueles relacionados ao transporte”, acrescentou.
Vale destacar que, em maio de 2018, a redução dos estoques de combustíveis fez o preço da gasolina subir 3,34% e do óleo diesel, 6,16%. As informações fazem parte do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil.
Bloqueio nas rodovias pode provocar desabastecimento de combustíveis
Entenda as paralisações dos caminhoneiros
Em resumo, desde segunda-feira (31) que os caminhoneiros vêm promovendo bloqueios em estradas de várias regiões do país. Isso acontece porque eles não aceitam a derrota do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno das eleições presidenciais brasileiras.
No começo da madrugada da terça-feira (1º), o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria e referendou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que ordenou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar (PM) desobstruam as vias ocupadas ilegalmente.
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