O bitcoin operou no azul durante boa parte desta terça-feira (25). No entanto, o leve avanço não mudou a situação da criptomoeda, que acumula perdas expressivas em 2022. Aliás, as tensões globais seguem elevadas e isso impede uma recuperação mais forte dos ativos de risco, como as moedas digitais.
Em resumo, os investidores seguiram repercutindo as tensões vindas do leste europeu. Muitos acreditam que a Rússia pode invadir a Ucrânia a qualquer momento. A propósito, os Estados Unidos, Reino Unido e Austrália já retiraram as famílias de funcionários das suas embaixadas na Ucrânia.
Com a escalada das tensões globais, o bitcoin operava em leve alta de 0,8% no início da noite desta terça, cotado a US$ 36.630,20. À tarde, a cripto chegou a superar a marca dos US$ 37 mil, mas perdeu força no decorrer do dia.
Desde a sua cotação máxima, de US$ 68.643,10, em novembro do ano passado, o bitcoin já perdeu 46,6% do seu valor. E estas variações são muito importantes para todo o mercado de criptomoedas, pois o bitcoin é considerado um ativo de proteção contra essas fortes oscilações que ocorrem no mercado de moedas digitais.
Bitcoin acompanha bolsas globais e afunda
Após afundar cerca de 12% na primeira semana deste ano, a criptomoeda até subiu levemente na semana seguinte. Contudo, o avanço não durou muito e a maior e mais famosa moeda digital do mundo afundou 19% na semana passada, pior resultado semanal em oito meses.
Vale destacar que o mercado está atento ao Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, que se reuniu nesta terça para definir os novos rumos da política monetária do país. Em suma, o banco poderá elevar os juros no país em março, quando encerrará os estímulos injetados na economia norte-americana.
A saber, quanto mais altos os juros, mais os investidores migram para ativos tradicionais. Isso acontece porque os juros mais elevados tornam os títulos soberanos do país mais rentáveis e atrativos, e os títulos americanos são considerados o ativo mais seguro do planeta. Assim, os operadores não precisam buscar ativos mais arriscados, como as criptomoedas, quando podem ter boa rentabilidade com ativos seguros.
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