O bitcoin não teve muitos motivos para comemorar no primeiro mês de 2022. A saber, a criptomoeda encerrou janeiro com o pior resultado para o mês em quatro anos, afundando mais de 19% no período. Esse resultado só não foi pior que o de 2018, quando a moeda digital despencou 29%.
No entanto, a situação em fevereiro está completamente diferente. Em suma, o bitcoin subiu quase 10% nos últimos dias e voltou a superar a marca dos US$ 40 mil após duas semanas em níveis bem menores que esse. Aliás, a criptomoeda estava cotada a US$ 41,4 mil às 21h40 deste sábado (5), alta de 2,6%. Na semana, o avanço passa dos 9%.
Com isso, a desvalorização em 2022 da maior e mais famosa criptomoeda do planeta caiu para 10,3%. Embora siga elevado, o patamar é bem menor que o registrado no final de novembro.
Vale destacar que diversos fatores enfraqueceram o bitcoin no primeiro mês deste ano. O primeiro deles foi a escalada da tensão global devido às preocupações em relação à invasão da Rússia à Ucrânia.
Além disso, os protestos violentos no Cazaquistão também enfraqueceram o bitcoin em janeiro. A propósito, o Cazaquistão é o segundo maior minerador mundial da criptomoeda, respondendo por 16% de toda a mineração global. Em suma, mineração é o processo pelo qual se extrai um bitcoin por meio de uma série de cálculos complexos para confirmar ou validar as transações realizadas.
Dados positivos de gigantes da tecnologia dos EUA impulsionam bitcoin
No meio desta semana, a Meta, dona do Facebook e do Instagram, revelou que o seu lucro no quarto trimestre havia caído. O resultado assustou os investidores, que temiam novos balanços negativos de outras gigantes da tecnologia dos Estados Unidos. Aliás, a Meta chegou a perder US$ 225 bilhões em valor de mercado na sessão seguinte à divulgação dos dados trimestrais.
No entanto, a Amazon divulgou os dados do seu desempenho nos últimos três meses de 2021, e o resultado veio acima do esperado. Outras empresas, como Pinterest e Snap, também apresentaram dados positivos no período, impulsionando o índice Nasdaq, que engloba as ações mais ligadas à tecnologia. E esse cenário acabou ajudando o bitcoin a se recuperar.
Apenas na sexta-feira, após estes dados, a criptomoeda disparou mais de 10% e eliminou as perdas que ainda sofria na semana. Como o mercado de criptomoedas é bastante volátil, as movimentações, para cima ou para baixo, tendem a ser muito expressivas.
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