Enquanto as bolsas globais e os mercados acionários seguem tensos com a invasão da Rússia à Ucrânia, o bitcoin vive exatamente o contrário. Isso porque as sanções impostas por países ocidentais contra a Rússia podem fortalecer a demanda pelas criptomoedas.
A saber, o bitcoin acumula ganhos de 17% nos últimos dois dias, até as 19h desta terça-feira (1º). Com essa disparada, a moeda digital chegou aos US$ 43,8 mil. Esta é uma marca expressiva, visto que a última vez que o bitcoin superou os US$ 43 mil foi há quase duas semanas. Aliás, a criptomoeda chegou aos US$ 44,7 mil na manhã de hoje, mas não conseguiu manter o ritmo até a noite.
Sanções contra a Rússia impulsionam bitcoin
Em resumo, a União Europeia (UE) informou no sábado (26) que havia chegado a um acordo com os Estados Unidos, Reino Unido e Canadá. A propósito, o acordo consiste em retirar alguns bancos russos da estrutura do sistema de pagamentos global Swift. A UE revelou que alguns pagamentos continuarão ocorrendo pelo sistema, como o de energia.
Esta decisão não afeta apenas o governo russo. Na verdade, oligarcas e funcionários importantes do país também sofrem com a limitação de capacidade de transações financeiras. Inclusive, o Banco Central russo pediu às empresas focadas em exportação para se prepararem para vender moedas estrangeiras.
Como as restrições de transferência internacional de recursos podem afetar fortemente a Rússia, o mercado de moedas digitais acabou se animando com a expectativa de aumento da demanda por estes ativos nos próximos dias. Aliás, não só o bitcoin está acumulando forte alta nos últimos dias. Por exemplo, o ether tem ganhos de 13% nos últimos dois dias.
A saber, a corretora Binance revelou que US$ 6,4 milhões foram movimentados nas últimas 24 horas em negócios na plataforma. Nos últimos dias, a movimentação cresceu para os maiores níveis desde o final de maio de 2021.
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