O bitcoin segue sem grandes novidades em 2022, com operações bastante semelhantes as do final do ano passado. No entanto, a criptomoeda atingiu uma marca histórica na noite de domingo (2).
De acordo com o site especializado Coindesk, a taxa de hash bateu recorde no final da semana. Em resumo, a taxa atingiu a máxima histórica de 203,5 exahashes (um quintilhão de hashes).
A saber, a taxa de hash, conhecida como “hashrate“, refere-se à quantidade de operações computacionais realizadas por mineradores. Em outras palavras, essa taxa representa o poder computacional relacionado aos novos bitcoins e à verificação de novas transações da criptomoeda.
Por falar nisso, a mineração é o processo pelo qual se extrai um bitcoin. Em suma, computadores muito potentes, com um nível elevado de processamento, realizam a mineração através de uma série de cálculos bastante complexos para confirmar ou validar as transações realizadas em bitcoin.
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Essa rede de funcionamento das criptomoedas é chamada de blockchain. E a segurança e a importância da rede ocorre justamente com o aumento das pessoas que a utilizam. Assim, uma taxa de hash elevada indica que o bitcoin se mostra mais forte e seguro do que nunca.
Veja mais detalhes da marca histórica atingida pelo bitcoin
No ano passado, o bitcoin sofreu fortes perdas com a repressão da China. A saber, o país asiático intensificou a repressão às operações com criptomoedas, em especial ao bitcoin. Em síntese, o país buscava atingir metas ambientais, e o bitcoin aumenta consideravelmente o uso de energia elétrica.
Em abril, as instalações com uso intensivo de carvão no país eram tão grandes que poderiam acabar com o compromisso ambiental de Pequim de atingir o pico das emissões de carbono até 2030. E a mineração de criptomoedas poderia atrapalhar os objetivos climáticos da China.
Aliás, a taxa de hash estava em 190 exahashes por segundo em abril do ano passado. Contudo, despencou para 61 exahashes por segundo após a forte repressão chinesa. Inclusive, o recorde registrado no domingo ocorreu, em parte, graças ao êxodo dos mineradores da China para outros países.
A propósito, a China respondia por 80% da mineração global no início do ano passado. No entanto, como o governo começou a fechar dezenas de minas, houve uma debandada dos mineradores para outros países. Assim, eles conseguiram manter suas atividades e ajudaram o bitcoin a bater esse recorde.
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