Com as tensões mundiais em relação à guerra no leste europeu, os investidores se voltaram às criptomoedas. Apesar disso, nesse final de semana, os retornos foram irrelevantes, dado que o bitcoin ficou de lado no sábado e no domingo. Até a postagem desse texto, a moeda digital operava em queda de 0,34% no dia, fechando o final de semana com 0,6% de retornos positivos.
Apesar disso, os grandes gestores começam a se movimentar para compras criptomoedas. Isso porque, desde o início do ano, as maiores criptomoedas do mundo operam em forte queda, o que pode representar uma janela de oportunidade para compra. Apesar disso, não são todos os investidores que podem investir nesses ativos.
Bitcoin de lado no final de semana
Assim como na maioria dos finais de semana, o bitcoin ficou de lado nos dias 12 e 13 de março. Isso porque os investidores buscam mais definições sobre a guerra na Ucrânia, mas também já olham para outros cenários ruins para o mercado. Um dos principais é o combate à inflação nos Estados Unidos, que atingiu patamares bastante altos.
Com isso, os ativos de maior risco ficam à espera de notícias maiores. Isso porque investidores internacionais decidem investir em ativos mais seguros até que a situação esteja normalizada. Contudo, a escalada de tensões na Ucrânia impede uma alta nos índices internacionais, o que reflete na cotação do bitcoin. Na última semana, todos os índices americanos fecharam em queda, com destaque ao Nasdaq, que fechou em queda de 3,64%.
Além disso, não foi apenas o bitcoin que andou de lado. Até agora, o Ethereum opera em leve alta de 0,44%, ficando abaixo até da maior criptomoeda do mundo. No terceiro lugar de captação de mercado, o Theter opera em leve alta de 0,20%, apesar de ser uma moeda lastreada em dólar, que não negocia aos finais de semana.
O que o mercado espera para a semana?
Nessa semana, a tendência é que o mercado continue olhando para as maiores economias do mundo. No Brasil, a taxa de juros movimentará as expectativas das empresas, que podem operar em queda no curto prazo. Apesar disso, uma notícia positiva ainda é aguardada nas bolsas de valores do mundo todo.
Contudo, a perspectiva é que as bolsas americanas e o bitcoin sigam operando em queda. Isso porque a economia americana passa por problemas. Somado a isso, o presidente americano, Joe Biden, proibiu a importação de petróleo da Rússia, o que afeta diretamente os preços no país. Até agora, a bolsa americana já perdeu mais de 12% no ano, deixando o índice em um dos melhores P/L dos últimos anos. Por isso, a partir do meio do ano, há a tendência de alta no S&P 500.
Ainda, um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia pode acalmar os mercados, principalmente o bitcoin e a Europa. Isso porque já há relatos de ataques do exército de Putin em regiões mais próximas à Polônia, país vinculado à OTAN. Com isso, há um temor de uma ofensiva russa em cidades mais a oeste da Ucrânia.
No Brasil, a perspectiva é de alta da Selic para 12,25% ao ano, uma das maiores taxas do país até hoje. Qualquer reajuste acima disso pode representar uma fuga em massa da bolsa de valores, com investidores apostando na renda fixa.