O bitcoin chegou a afundar quase 8% na manhã desta sexta-feira (24), caindo para US$ 41.353. Aliás, o tombo não se restringia a maior e mais famosa criptomoeda do mundo. A saber, outras moedas digitais, como o Ethereum e a XRP, afundavam ainda mais (10,30% e 8,90%, respectivamente).
Ambos os tombos aconteceram por causa da proibição do governo chinês às transações envolvendo criptomoedas no país. Em resumo, o Banco Popular da China informou hoje que todas as transações envolvendo criptomoedas passam a ser ilegais no país.
Além disso, a China informou que aumentará a repressão ao mercado de criptomoedas. O principal objetivo dessa decisão é reduzir as emissões de carbono no país. Aliás, essa foi uma promessa feita por Pequim, que está fazendo de tudo para cumpri-la. Em suma, a mineração de criptomoedas envolve muitos cálculos e é realizada por computadores superpotentes, ou seja, requer um uso enorme de energia.
Em abril, as instalações com uso intensivo de carvão no país eram tão grandes que poderiam acabar com o compromisso ambiental de Pequim de atingir o pico das emissões de carbono até 2030. E a mineração de criptomoedas poderia atrapalhar os objetivos climáticos da China.
China alimentava quase 80% do comércio mundial
Vale destacar que, em junho, antes da forte repressão do governo, a mineração na China alimentava quase 80% do comércio mundial de criptomoedas. No entanto, no final de junho, autoridades da província de Sichuan, na parte ocidental da China, ordenaram o fechamento de 26 minas em apenas uma semana. Inclusive, esta foi apenas uma das muitas ações do governo para reprimir o mercado de criptomoedas.
De acordo com o comunicado, o país decidiu tornar ilegais todas as transações com criptomoedas para manter a segurança nacional e a estabilidade social. A China também vem impondo restrições à produção de aço no país há meses para cumprir as metas ambientais. Isso fez a produção mundial de aço cair em agosto, visto que a China é o maior produtor mundial de aço.
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