A primeira semana de 2022 já indicava os maus ventos que iriam atingir o mercado de criptomoedas. Isso porque o bitcoin afundou cerca de 12% no período. Na segunda semana, o recuo deu espaço a uma leve alta de 3,5%. No entanto, a criptomoeda voltou a afundar na terceira semana de janeiro.
A saber, o bitcoin estava negociado a US$ 35.273,70 na noite deste sábado (22). Aliás, a cripto chegou a cair para US$ 34.042 na manhã de hoje, mas se recuperou parcialmente no decorrer do dia. Ainda assim, acumulava perdas de 3,25% no dia e de mais de 16% na semana.
Desde a sua cotação máxima, de US$ 68.643,10, em novembro do ano passado, o bitcoin já perdeu 48,6% do seu valor. E estas variações são muito importantes para todo o mercado de criptomoedas, pois o bitcoin é considerado um ativo de proteção contra essas fortes oscilações que ocorrem no mercado de moedas digitais.
Bitcoin acompanha bolsas globais e afunda
Nesta semana, o bitcoin acompanhou o movimento das bolsas globais e teve o pior resultado do ano. Aliás, a última vez que o bitcoin caiu para menos de US$ 34 mil foi no final de julho de 2021, ou seja, há quase seis meses.
Em suma, os investidores continuaram atentos ao Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, que poderá elevar os juros no país em março, quando encerrará os estímulos na economia americana. E, quanto mais altos os juros, mais os investidores migram para ativos tradicionais.
Isso acontece porque os juros mais elevados tornam os títulos soberanos do país mais rentáveis e atrativos, e estes títulos são considerados o ativo mais seguro do planeta. Assim, os operadores não precisam buscar ativos mais arriscados, como as criptomoedas, quando podem ter boa rentabilidade com ativos seguros.
Além disso, o banco central da Rússia recomendou o banimento de todas as criptomoedas no país. Isso repercutiu entre os investidores, bem como os rumores sobre a pretensão do Fed de dar início ao processo de criação de uma moeda digital, a CBDC, na sigla em inglês.
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