O bitcoin continua sofrendo fortes perdas em 2022. Após afundar cerca de 12% na primeira semana deste ano, a criptomoeda até subiu levemente na semana seguinte. Contudo, o avanço não durou muito e a maior e mais famosa moeda digital do mundo afundou 19% na terceira semana do ano. A saber, esse foi o pior resultado semanal em oito meses.
Nesta segunda-feira (24), a situação ficou ainda mais crítica para as criptomoedas devido às tensões vindas do leste europeu. Em suma, a invasão da Rússia à Ucrânia parece cada vez mais iminente. Aliás, os Estados Unidos, Reino Unido e Austrália já começaram a retirar as famílias de funcionários das suas embaixadas na Ucrânia.
Diante desse cenário de preocupação global, o bitcoin recuava 3,7% nesta segunda e estava cotado a US$ 35.273,70 às 11h40. Aliás, a cripto chegou a cair para US$ 33.075,90 mais cedo, mas vem se recuperando parcialmente no decorrer do dia.
Desde a sua cotação máxima, de US$ 68.643,10, em novembro do ano passado, o bitcoin já perdeu 48,6% do seu valor. E estas variações são muito importantes para todo o mercado de criptomoedas, pois o bitcoin é considerado um ativo de proteção contra essas fortes oscilações que ocorrem no mercado de moedas digitais.
Bitcoin acompanha bolsas globais e afunda
Na semana passada, o bitcoin acompanhou o movimento das bolsas globais e teve o pior resultado do ano. Em resumo, os investidores ficaram atentos ao Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, que poderá elevar os juros no país em março, quando encerrará os estímulos na economia americana. E, quanto mais altos os juros, mais os investidores migram para ativos tradicionais.
Isso acontece porque os juros mais elevados tornam os títulos soberanos do país mais rentáveis e atrativos, e os títulos americanos são considerados o ativo mais seguro do planeta. Assim, os operadores não precisam buscar ativos mais arriscados, como as criptomoedas, quando podem ter boa rentabilidade com ativos seguros.
Além disso, o banco central da Rússia recomendou o banimento de todas as criptomoedas no país. Isso repercutiu entre os investidores, bem como os rumores sobre a pretensão do Fed de dar início ao processo de criação de uma moeda digital, a CBDC, na sigla em inglês.
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