O secretário de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse nesta segunda-feira (02) que o presidente Biden “adoraria visitar a Ucrânia“, mas afirmou que “não há planos em andamento” para o presidente dos Estados Unidos viajar ao país.
Confira o caso
Segundo o secretário, o objetivo é reabrir a embaixada na Ucrânia, de modo que os diplomatas americanos possam se estabelecer no país, deixando de realizar viagens de ida e volta. As perguntas sobre uma possível viagem do presidente à Ucrânia surgem depois que a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, da Califórnia, liderou uma delegação do Congresso de parlamentares democratas a Kiev no fim de semana para se encontrar com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy.
Viagens anteriores para Ucrânia
Na semana passada, o secretário de Defesa Lloyd Austin e o secretário de Estado Antony Blinken visitaram a Ucrânia. Além disso, o presidente viajou para Varsóvia, na Polônia, em março, após uma cúpula de emergência da Otan. Durante sua visita, Biden disse que “eles não me deixarão” cruzar a fronteira para a Ucrânia. “Parte da minha decepção é que não consigo ver em primeira mão como em outros lugares”, disse Biden no mês passado, referindo-se à crise humanitária e à destruição na Ucrânia.
“Eles não vão me deixar, compreensivelmente, eu acho, cruzar a fronteira e dar uma olhada no que está acontecendo na Ucrânia”, disse Biden. A fala de Biden não deixa claro a quem está se referindo, mas o presidente provavelmente não está viajando para a Ucrânia por motivos de segurança.
Ajuda financeira
O presidente Joe Biden pediu na semana passada US$ 33 bilhões do Congresso para segurança adicional, assistência militar e humanitária para a Ucrânia, incluindo US$5 bilhões em autoridade de saque adicional, US$ 6 bilhões para a Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia e US$ 4 bilhões para o programa de financiamento militar estrangeiro do Departamento de Estado.
Como resultado desse financiamento, a Ucrânia contaria com artilharia adicional, veículos blindados, capacidades antiblindagem e antiaérea, capacidades cibernéticas aceleradas e sistemas avançados de defesa aérea, assistência à remoção de minas terrestres, artefatos explosivos e outros resíduos explosivos de guerra. Além disso, parte dessa ajuda econômica seria para o enfrentamento da crise imediata e fornecer serviços básicos ao cidadão, incluindo fundos para garantir que o governo democrático da Ucrânia continue funcionando.
Desse modo, seria possível garantir o fornecimento de alimentos, energia e cuidados de saúde ao povo ucraniano, combater as narrativas de desinformação e propaganda russas e apoio às empresas durante a colheita de outono, bem como, a compra de gás natural.
Americanos apoiam sanções
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Washington Post, a maioria dos americanos apoia sanções mais duras à Rússia, bem como, o apoio militar e humanitário aos ucranianos. Ao todo, 73% dizem que os EUA estão fazendo o que é certo para apoiar a Ucrânia. Ao mesmo tempo, 72% se opõem à ação militar direta dos EUA contra as forças russas, enquanto 21% apoiam a ideia.