A concentração de beneficiários por estado, do Auxílio Brasil, quando comparada ao número de trabalhadores com carteira assinada dos mesmos locais, demonstra uma grande disparidade.
Essa condição ocorre nos nove estados do Nordeste e em quatro dos sete estados da região Norte. Assim, as pesquisas mostram que o nível de precariedade do mercado de trabalho é proporcional à dependência do programa.
O levantamento de beneficiários por estado foi feito com dados do Ministério da Cidadania e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foi levado em conta trabalhadores que tiveram carteira assinada até março deste ano.
Taxa de desemprego
A taxa de desemprego desses estados varia entre 11% e 17,65%, em que o Ceará e a Bahia estão na base e no topo dessas taxas, respectivamente. Exceto o Ceará, todos os outros 12 estados estão acima da taxa nacional, que é de 11,1%.
Disparidade entre beneficiários por estado x trabalhadores formais
A seguir, veja como está a situação em alguns estados:
- Acre – 11.112 X 88.502
- Alagoas – 483.596 X 364.612
- Amapá – 98.843 X 72.200
- Amazônia – 482.539 X 449.957
- Bahia – 2.240.774 X 1.828.484
- Ceará – 1.311.545 X 1.200.630
- Maranhão – 1.107.306 X 530.895
- Pará – 1.157.016 X 824.310
- Paraíba – 620.775 X 432.229
- Pernambuco – 1.442.493 X 1.286.945
- Piauí – 544.945 X 303.071
- Rio Grande do Norte – 443.398 X 437.500
- Sergipe – 353.261 X 281.676
A maior disparidade de beneficiários por estado são apresentados pelo Maranhão, Bahia e Pará com diferença de 300 a 500 mil abonados a mais do que trabalhadores formais.
Pandemia de 2020
Antes da pandemia de Covid-19 que se iniciou no ano de 2020 apenas oito estados possuíam mais favorecidos por benefícios sociais do que trabalhadores formais. O número subiu para 10 durante o ano de 2020 e após o Auxílio Brasil, subiu para 13.
Dados de fevereiro de 2022 mostraram que 18 mi de brasileiros recebiam Bolsa Família e 41 mi possuíam carteira assinada. O número de beneficiários do Auxílio chegou a 44% dos empregados formais.
Auxílio Brasil
Em operação desde novembro de 2021, o benefício favorece atualmente cerca de 18 milhões de brasileiros. A última rodada de depósitos registrou 14 milhões de pessoas, o que implica numa estimativa de aumento do número de favorecidos.
De forma estratificada, a região com maior número de beneficiários é o Nordeste, seguido pelo Sudeste. Veja abaixo o percentual de abonados de cada região do país:
- Nordeste: 8.548.083 (47,4%);
- Sudeste: 5.203.342 (28,87%);
- Norte: 2.157.361 (11,98%);
- Sul: 1.192.171 (6,61%);
- Centro-Oeste: 920.886 (5,11%).
Em geral, a região nordeste desde o Bolsa Família já apresentava os maiores índices de participação no programa do governo e segue a tendência.
O que é necessário para receber o Auxílio Brasil?
A seguir, veja os requisitos para participar do programa:
- Ter renda familiar per capita de até R$ 89; ou
- Ter renda familiar per capita de até R$ 178 (no caso de famílias que tenham em sua composição gestantes, nutrizes, crianças e/ou adolescentes até 17 anos);
- Estar inscrito no CadÚnico;
- Estar com dados atualizados no CadÚnico há, pelo menos, dois anos.
Caso preencha os requisitos é necessário procurar a Assistência Social do seu município. Assim, realizará o cadastro no CadÚnico.
Vale lembrar que há uma fila de espera do benefício. Então, você deve aguardar até ser selecionado para receber o benefício.
Não é necessário realizar nenhum tipo de cadastro além do ingresso no CadÚnico. Portanto, siga os passos para garantir o recebimento das parcelas.