O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, participou de uma reunião com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afim de discutir saídas para auxiliar os beneficiários do Auxílio Emergencial após o pagamento da última parcela.
O Estadão/Broadcast informou que a Caixa Econômica Federal, banco responsável pelo pagamento do auxílio, teria condições de oferecer hoje R$ 10 bilhões em financiamento de uma nova linha de crédito. Esse valor pode chegar a R$ 25 bilhões com as outras medidas incluídas no projeto. Cada beneficiário poderá conseguir de R$ 1,5 mil e R$ 5 mil.
O governo afirmou e vem reafirmando constantemente, por meio do ministro Paulo Guedes (Economia), que não haverá prorrogação do benefício. A pasta de Guedes afirma que não pode mais dar dinheiro para os desempregados e trabalhadores informais. A intenção agora é ajudar os brasileiros nessa situação a terem autonomia para trabalhar.
Há um grupo alvo do governo para continuar recebendo o benefício, nesse caso, seria os “invisíveis”, grupo esse que não recebia qualquer benefício antes do Auxílio Emergencial. O benefício deve continuar para estes beneficiários a partir de janeiro de 2021. De acordo com o último levantamento, cerca de 38,1 milhões de brasileiros estão nessa situação.
O programa deve ser criado para substituir o Bolsa Família e pagar valores superiores. Outra opção comentada é a ampliação do próprio Bolsa Família.
Auxílio Emergencial 2021
Mesmo com diversos projetos apresentados, com o intuito de prorrogar o estado de calamidade, e consequentemente o auxílio emergencial, o governo ainda não sinalizou positivamente para tal ação.
O presidente Jair Bolsonaro chegou a comentar sobre o benefício e afirmou que “chegou no limite”, jogando um balde de água naqueles que aguardavam a prorrogação da ajuda.
“Querem que a gente renove (o auxílio emergencial), mas a nossa capacidade de endividamento chegou ao limite”, disse o presidente aos seus apoiadores. Em seguida comentou do rombo das contas públicas com a liberação do benefício.
“Sei que muitos cobram, querem coisa melhor e alguns esquecem até que estamos terminando um ano atípico. Nós nos endividamos em R$ 700 bilhões para conter a pandemia”, completou Bolsonaro.