Os beneficiários do Auxílio Brasil, futuro programa social que vai substituir o Bolsa Família, terão acesso a uma linha de crédito especial com juros reduzidos, oferecido pela Caixa Econômica Federal. Essa declaração foi dada pelo ministro da Cidadania, João Roma nesta quinta-feira (12).
A saber, a previsão para início do novo programa é para novembro, com o objetivo de atender 16 milhões de famílias.
“O que nós visamos é que justamente seja disponibilizado acesso a recursos com juros mais baixos. É uma população que em geral tem dificuldade de acesso ao setor bancário. Hoje essa população termina caindo em agiotas, que de maneira informal muitas vezes captura cartões e recebíveis muitas vezes de maneira truculenta”, declarou Roma, durante o anúncio do calendário da prorrogação do auxílio emergencial.
Linha de crédito especial
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou que o crédito especial beneficiará as pessoas atualmente com o nome negativado e que, sem opção, acabam por tomar empréstimos em financeiras com juros altos.
“Só as financeiras acabam aprovando esse limite de crédito, cobrando 20% ao mês”, destacou.
Crédito consignado no Auxílio Brasil
Caso aprovado, o texto da Medida Provisória que determina a criação do Auxílio Brasil irá permitir que até 30% do valor do benefício possa ser descontado na fonte para abater empréstimos consignados com limite máximo de R$ 1 mil.
Ainda cabe ao Ministério da Cidadania definir as condições e critérios para a celebração dos acordos.
O objetivo é conceder o microcrédito para gerar uma possibilidade de tais beneficiários começarem a empreender, e assim, eventualmente, não precisarem mais de políticas de transferência de renda.
Nova prorrogação do Auxílio Emergencial
No que diz respeito ao auxílio emergencial, o ministro da Cidadania descartou uma nova prorrogação do programa após outubro, mês de pagamento da última parcela. De acordo com ele, somente as três parcelas extras, que começam a ser pagas neste mês, vai proporcionar a injeção de R$ 20 bilhões na economia.
Guimarães salienta que a alta propensão ao consumo entre os beneficiários do auxílio emergencial deve fazer com que quase a totalidade dos recursos sejam gastos no comércio:
“Este é um recurso que é totalmente consumido. Logo, ele faz a economia girar”, concluiu.
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