Neste sábado (17), em solenidade de divulgação oficial do evento no estado do Pará, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que Belém “será a capital do mundo” ao sediar a Conferência do Clima das Nações Unidas (COP30), em 2025.
Durante a cerimônia em Belém, Vieira disse que os organizadores previam que a cidade receberia entre 45.000 e 50.000 pessoas durante a COP 30. Vale destacar que a escolha da cidade recebeu apoio praticamente unânime dos demais países sul-americanos.
Falas de Vieira
Na próxima semana, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai “discutir e assinar” uma série de acordos para garantir fundos de investimento, segundo o ministro das Relações Exteriores. Segundo ele, essas operações vão abranger todas as vias, hotéis e instalações públicas da cidade.
Para o ministro, realizar a conferência mundial no Brasil representou o “resgate do papel do Brasil no mundo” Segundo ele, comparado com outros países, o Brasil “infelizmente” perdeu influência, admiração e respeito internacional, mas a eleição de Lula no ano passado permitiu ao Brasil recuperar seu status de protagonista da política externa.
Importância da COP30
Segundo Lago, “a COP de Belém vai ser a COP 10 anos depois de Paris. Então, é uma COP que será extremamente importante, porque é uma conferência na qual os países são supostos a adiantar maiores ambições climáticas. Todos os países do mundo têm que apresentar, em Belém, na COP30, em 2025, ambições maiores de combate à mudança do clima”.
Vale lembrar que as metas do Brasil no Acordo de Paris foram atualizadas pela última vez em 2020, cinco anos após a entrada em vigor do tratado climático. Na época, o governo estabeleceu a chamada Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) para neutralizar as emissões de gases de efeito estufa até 2060.
Países Amazônicos
Belém também se prepara para uma reunião dos oito membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) no dia 8 de agosto. Os participantes incluem os presidentes do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
Os documentos aprovados no encontro serão submetidos à próxima Assembleia Geral da ONU, em Nova York (EUA), em setembro. Segundo o embaixador Corrêa Lago, a ideia do evento é fortalecer a OTCA, entidade pouco conhecida e ainda pouco atuante no cenário internacional.
Por fim, ele argumenta que essa nova dinâmica na representação nacional pode “acentuar a possibilidade de a Amazônia ser solução para o mundo”, quando se trata de proteção do clima.