O Banco Central Europeu (BCE) segue analisando de perto a inflação na zona do euro. A saber, a taxa segue mais elevada que o esperado e vem preocupando o mercado. No entanto, o BCE está preparado para agir caso a inflação atinja a meta antes do prazo estabelecido.
De acordo com Isabel Schnabel, representante da Alemanha na diretoria do BCE, a inflação na zona do euro vai “muito provavelmente” desacelerar já em 2022. Em resumo, ela acredita que o aumento dos preços na zona é temporário. Aliás, as principais razões para isso são os altos valores do petróleo e de matérias-primas. Além disso, a escassez global de componentes como microschips ajuda a impulsionar a taxa inflacionária no mundo.
“Hoje, diante do cenário de alta das taxas de inflação, particularmente na Alemanha, era da minha preocupação aliviar a preocupação das pessoas de que a inflação pode permanecer persistentemente alta demais ou mesmo disparar de forma incontrolável”, disse Schnabel para empresários em uma audiência.
O objetivo dela era alivar as preocupações em relação aos anos 1970. À época, a inflação chegava perto dos 8% na Alemanha. Contudo, Schnabel afirma que isso não acontecerá neste ano, pois o BCE agirá caso seja necessário. “Muito provavelmente, a inflação vai diminuir notavelmente já no próximo ano”, declarou.
Inflação dispara nos países da zona do euro
Em suma, os preços nos 19 países da zona do euro tiveram alta de 3% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2020. Esses dados correspondem a estimativas preliminares, mas já indicam que a taxa está bem acima da meta do BCE, de 2%. Aliás, é a primeira vez em dez anos que isso acontece, o que explica a apreensão do mercado.
Schnabel afirmou que o BCE reduziu na semana passada o ritmo de compras de títulos emergenciais. A medida acontece desde o ano passado devido à pandemia da Covid-19 e tem o objetivo de manter firme a economia local. Entretanto, Schnabel disse que o BCE não possui pressa para apertar a política monetária da zona do euro. Pelo menos não por enquanto.
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