O Banco Central (BC) da Rússia promoveu mais uma forte elevação da taxa básica de juros do país. A saber, a entidade financeira elevou em 1,0 ponto percentual (p.p.) os juros locais, que chegaram a 9,5% ao ano nesta sexta-feira (11).
Essa é a segunda expansão consecutiva de 1,0 p.p. e deixa o custo dos empréstimos no país ainda mais caros. Embora o avanço promovido pelo BC tenha sido expressivo, veio em linha com as projeções de analistas.
Vale destacar que os juros na Rússia estão no maior patamar em quase seis anos. No ano passado, a taxa de juros subiu sete vezes, ante uma mínima recorde de 4,25% ao ano em 2021. Aliás, o BC afirmou que não descarta promover novas elevações dos juros neste ano.
Em suma, as recorrentes altas da taxa básica de juros não conseguiram impedir a elevação da inflação no país. A propósito, a taxa inflacionária da Rússia chegou a 8,8% no início de fevereiro, no acumulado de 12 meses.
Essa taxa é muito superior à meta do BC para a inflação do país, de 4%. Por isso que a entidade financeira vem promovendo as elevações dos juros para tentar segurar a inflação do país.
“Se a situação se desenvolver de acordo com a previsão base, o Banco da Rússia mantém aberta a perspectiva de novo aumento da taxa básica em suas próximas reuniões”, afirmou o BC, em comunicado.
Inflação dispara ao redor do mundo e BCs apertam política monetária
A situação da Rússia não é exclusiva. Aqui mesmo, no Brasil, a inflação segue em níveis bastante elevados. E o BC também elevou sete vezes a taxa básica de juros no ano passado. Já em 2022, o banco promoveu mais um avanço dos juros, que chegaram a 10,75% ao ano. E a expectativa é que haja ainda mais elevações neste ano.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), BC norte-americano, também sinalizou que elevará os juros em março. O país vem sofrendo com a maior inflação em quatro décadas. E as expectativas iniciais do próprio Fed para três elevações dos juros em 2022 já subiram para cinco.
O BC da Inglaterra também elevou os juros no país na semana passada. A saber, este foi o primeiro grande banco central a promover alta de juros no planeta pós-pandemia. E a decisão de elevar mais uma vez os juros ficou novamente à frente de outros grandes bancos centrais do mundo, que também tentam contar o aumento da inflação.
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