Na última semana, a Polícia Federal (PF), assim como publicou o Brasil123, foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir para que a Corte autorizasse a entidade a iniciar as investigações sobre as emendas do relator, popularmente conhecidas como “orçamento secreto”.
De acordo com a jornalista “Ana Flor”, da “Globo News”, o pedido em questão tem preocupado a base do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e gerado um clima de desconfiança.
Segundo Ana Flor, nesta segunda-feira (29), governistas afirmam que o movimento feito no Congresso de só liberar a transparência das emendas de relator a partir do próximo Orçamento, o que contrariou a decisão do STF, que determinou que seja implementado um sistema de transparência total, tem um intuito bem simples: blindar os parlamentares da investigação da PF.
As investigações sobre o orçamento secreto começaram por determinação da Controladoria-Geral da União (CGU) após o órgão ter recebido denúncias de superfaturamento de preços em convênios e licitações nas emendas do relator.
Investigação da PF pode ter grande impacto
Na visão dos parlamentares, o aprofundamento das investigações pode causar problemas para a base do governo, pois tem um “potencial explosivo”. Toda essa discussão sobre o orçamento secreto começou em maio deste ano.
À época, uma matéria do jornal “O Estado de S. Paulo” mostrou que parte das emendas do relator foram usadas para comprar tratores com valores superfaturados e, de lá para cá, informou um deputado à jornalista, “um clima de desconfiança tomou conta da base aliada”.
“Até porque essa investigação está sendo tocada pelo governo. Ao deixar a base com a faca no pescoço, o governo Bolsonaro limita a força do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira”, completou esse parlamentar que, segundo Ana Flor, é um experiente integrante do Centrão.
Por fim, esse parlamentar ainda revelou que, apesar de as emendas terem começado a ser investigadas em outubro, foi na formalização da investigação feita pela PF ao STF que o clima de apreensão se instaurou na base aliada do governo.
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