No último dia 11, a Petrobras anunciou um reajuste de 24,9% do diesel e de 18,8% da gasolina. Ambos os combustíveis são derivados do petróleo, e o forte aumento dos seus preços ocorreu devido à disparada que a commodity vinha apresentando no mercado internacional.
A saber, o barril de petróleo se aproximou dos US$ 130 no início deste mês. À época, a escalada de tensão no leste europeu impulsionou o preço internacional da commodity. Por falar nisso, a guerra entre Rússia e Ucrânia chegou hoje ao 32º dia e sem expectativas de cessar-fogo a curto prazo.
Em suma, os conflitos aumentaram as preocupações do mercado em relação à oferta de petróleo. Na verdade, a demanda pela commodity segue firme no planeta, mas a oferta limita tende a elevar os preços, e foi justamente isso o que aconteceu.
No pregão desta segunda-feira (28), o petróleo despencou quase 7% e o barril fechou o dia abaixo de US$ 110. Embora tenha recuado, os preços continuam bastante elevados, e a principal consequência deste cenário é o encarecimento dos combustíveis, já que são derivados da commodity.
Veja como o petróleo mais caro afeta a sua vida
Para quem não está familiarizado com o termo, commodity é o produto que pode ser produzido em escala e é igual em todo o mundo. Em outras palavras, commodity é uma matéria-prima da qual se originam diversos outros itens. Por exemplo, o petróleo é uma commodity, que é uma matéria-prima para gasolina, diesel, plástico, querosene de aviação, asfalto, entre outros produtos.
Isso quer dizer que quanto mais caro o petróleo estiver, mais altos os preços destes derivados tendem a estar. No caso dos reajustes promovidos pela Petrobras, a estatal afirmou que a decisão em elevar os preços ocorreu “para que o mercado brasileiro [continuasse] sendo suprido, sem riscos de desabastecimento”.
Inclusive, a Petrobras disse que repassou o reajuste de imediato, apesar da volatilidade dos preços. Como a guerra na Ucrânia não tem expectativas para chegar ao fim, os combustíveis podem ficar ainda mais caros no Brasil. Isso não deverá ocorrer nos próximos dias, a não ser que o barril de petróleo volte a atingir níveis que não eram vistos há mais de uma década.
O problema é que a guerra poderá provocar novamente um novo avanço dos preços. Aliás, o barril ficou mais barato nesta segunda por causa de novos lockdowns feitos pela China, colocando em xeque a demanda por petróleo. Ou seja, a tensão no leste europeu não afetou a queda dos preços, e pode elevá-los novamente nos próximos dias
Enquanto isso, o motorista brasileiro precisa pesquisar bem antes de abastecer seu veículo para conseguir economizar. Os preços da gasolina e do diesel recuaram na semana passada nos postos de combustíveis do país, mas continuam muito elevados.
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