O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre) atualizou o seu levantamento sobre os barômetros econômicos globais em dezembro deste ano. A saber, tanto o barômetro coincidente quanto o antecedente mantiveram-se relativamente estáveis na comparação mensal.
De acordo com o estudo, o Barômetro Econômico Global Coincidente subiu 0,5 ponto em dezembro, para 107,1 pontos. Com isso, o indicador interrompeu uma sequência de quedas iniciada em julho. E isso aconteceu, exclusivamente, devido ao forte resultado registrado na Europa.
Por sua vez, o Barômetro Econômico Global Antecedente recuou 0,4 ponto no mês, para 95,7 pontos. A propósito, essa é a sétima retração consecutiva do indicador, que segue abaixo dos 100 pontos. Em resumo, o resultado negativo aconteceu, principalmente, por causa da Ásia, do Pacífico & África e do Hemisfério Ocidental.
“Enquanto o avanço do Barômetro Coincidente demonstra estabilidade do nível de atividade na maior parte das regiões ao final de 2021, o novo resultado negativo para o Barômetro Antecedente incorpora os efeitos do aumento da incerteza em relação ao futuro imediato”, explicou o pesquisador do FGV/Ibre, Paulo Picchetti.
Variante ômicron segue preocupando mercados
No final de novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia declarado a ômicron como uma variante de preocupação. Além disso, a entidade chegou a afirmar que a cepa representava um “risco global muito alto”.
No entanto, dados iniciais sobre pessoas infectadas com a variante ômicron sugeriam que a cepa até conseguia escapar das vacinas, mas não provocava casos graves. Aliás, muitos passaram a acreditar que a variante poderia trazer a imunidade de rebanho ao passo que não provocaria muitas perdas humanas.
“Apesar da extensão da ameaça colocada pela nova variante do Coronavírus ainda não ser completamente conhecida, novas restrições à mobilidade já vêm sendo adotadas em alguns locais”, disse Picchetti.
“Esse fato pode retardar a solução dos problemas nas cadeias de suprimento de insumos, cujas pressões sobre preços já estão disseminadas, resultando em sinalizações de política monetária contracionista em vários países”, acrescentou o pesquisador.
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