Aproximadamente 150 milhões de cidadãos brasileiros utilizam o Pix, uma solução para transferências e pagamentos lançada em 2020, e que já movimenta mensalmente R$ 1 trilhão, de acordo com dados do Banco Central.
Assim, o BC está trabalhando para ampliar a solução com funcionalidades novas, como o Pix parcelado.
Entenda melhor sobre essa nova função a seguir.
Pix parcelado será concorrente do cartão de crédito
Com previsão de lançamento ainda este ano, o Pix Parcelado surge como uma opção ao cartão de crédito.
Dessa forma, a solução permitirá que o cliente pague uma compra com o Pix e as parcelas sejam descontadas mensalmente na conta-corrente.
Ademais, se seguir as regras originais do Pix, essa nova forma de pagamento não terá custos para os consumidores, apenas para os vendedores.
Contudo, vale lembrar que a nova função ainda está sendo desenvolvida.
Impacto nos bancos
Segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira (17/4) pelo banco UBS BB, o Pix Parcelado pode ter um impacto positivo nas instituições financeiras brasileiras, o que pode surpreender.
Dessa forma, vale lembrar que quando o Pix foi lançado em 2020, muitos analistas previram um cenário negativo para os bancos, uma vez que a ferramenta gratuita do Banco Central substituiria transações tarifadas como DOC e TED.
Entretanto, embora tenha havido uma queda na receita dos bancos, ela não foi tão drástica como prevista, pois os bancos souberam aproveitar a situação e se adaptar.
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Parcelamento do Pix
Os bancos também introduziram novos produtos relacionados ao Pix, além de cobrar taxas dos comerciantes que o utilizam como opção de pagamento.
Desse modo, muitos bancos oferecem opções de parcelamento do Pix
O Itaú, por exemplo, permite aos clientes fazer um Pix e obter um empréstimo pessoal, pagando mensalmente com juros.
Já o Nubank e o PicPay, incorporam as parcelas do Pix na fatura do cartão de crédito, também com a adição de juros.
Cartões estão ameaçados?
A introdução oficial do Pix Parcelado pelo Banco Central pode possibilitar aos bancos reduzir a dependência do setor de cartões de crédito.
Isso ocorre porque a maioria das receitas fica nas mãos das adquirentes (empresas responsáveis pelas maquininhas e pelo processamento de pagamentos) e das bandeiras (como Visa e Mastercard).
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Taxas
Para incentivar os clientes a utilizarem a nova função, os bancos podem oferecer aos comerciantes taxas mais competitivas do que as cobradas pelos operadores de cartões em transações parceladas.
Ademais, conforme o Banco Central, mais da metade dos pagamentos com cartões são realizados em duas ou mais parcelas.
Contudo, para os comerciantes, a funcionalidade pode ser uma opção mais econômica em comparação a um pagamento tradicional com cartões.
Quais bancos já oferecem a nova função?
O Banco Central (BC) ainda não estabeleceu uma taxa única para essa funcionalidade, possibilitando que cada instituição financeira determine suas próprias taxas. Além disso, os bancos têm a opção de não cobrar taxas e aplicar apenas o desconto do IOF.
Vários bancos já estão oferecendo essa funcionalidade. Veja abaixo quais são eles:
- Nubank – Transações podem ser parceladas em até 12 vezes, com o dinheiro chegando na conta do destinatário na mesma hora;
- Digio – Usuários podem utilizar parte do limite do cartão de crédito para fazer o Pix parcelado, com taxa de serviço de até 9,9% ao mês;
- RecargaPay – Pix é feito com o saldo da carteira virtual do cliente, com taxa de envio de 4,49%;
- Banco BV – Cliente não paga taxa de serviço, mas precisa pagar o IOF, que varia entre 0,38% + 0,011% ao dia. O Pix pode ser feito até o limite do cartão do cliente, mas não pode ultrapassar R$1 mil diários;
- PicPay – Parcelamento do Pix não é permitido entre contas da mesma pessoa, mas em outros pagamentos é possível, com taxa de serviço de 4,99%.
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