Os bancos digitais estão cada vez mais populares no mundo. Diversas fintechs estão ganhando a atenção e a confiança de milhões de usuários no planeta. E uma das principais razões para que isso venha acontecendo são as facilidades que estes bancos digitais oferecem.
Em resumo, muitas pessoas que escolhem estas fintechs para alocar recursos procuram transações mais rápidas e menos burocráticas. Contudo, estas facilidades não estão se limitando apenas aos usuários, mas também a criminosos, que aproveitam os controles mais frouxos destes bancos para praticar crime financeiro.
De acordo com a Autoridade de Conduta Financeira (FCA, na sigla em inglês) do Reino Unido, os “bancos desafiantes” precisam melhorar a segurança para reduzir a quantidade de crimes financeiros em suas plataformas. A saber, estas são bancos mais jovens e que atraem credores históricos.
A emissora CNBC publicou uma reportagem na última sexta-feira (22) informando as conclusões do estudo da FCA. Em suma, os controles de crimes financeiros destes bancos desafiantes precisam melhorar significativamente.
Aliás, o estudo não citou nenhuma empresa, mas se concentrou em seis bancos desafiantes, dos quais três eram digitais. No total, estes seis bancos têm mais de oito milhões de clientes.
Regulador alerta para fortalecimento da segurança
No relatório divulgado pela FCA, há destaque para fraquezas nas verificações de “due diligence”. A saber, isso se refere a uma análise prévia de informações sobre uma empresa, mas, nesse caso, é sobre os clientes dos bancos. Na verdade, muitas companhias falham ao analisar o risco de crime financeiro ao contratar novos usuários. Inclusive, alguns bancos nem sequer faziam essa avaliação.
“Os bancos desafiantes são uma parte importante da oferta bancária de varejo do Reino Unido”, disse Sarah Pritchard, diretora executiva de mercados da FCA, em comunicado na última sexta.
“No entanto, não pode haver uma troca entre abertura de conta rápida e fácil e controles robustos de crimes financeiros. Os bancos desafiantes devem considerar as conclusões desta revisão e continuar aprimorando seus próprios sistemas para evitar danos aos clientes”, acrescentou Pritchard.
Vale destacar que estas fintechs já vêm sendo pressionadas nos últimos tempos para aprimorarem seus controles contra crimes financeiros. A expectativa é que o levantamento da FCA pressione ainda mais os bancos a fortalecerem seus controles e, consequentemente, reduzirem os crimes financeiros.
Leia Também: Produção da indústria brasileira cresce pela 1ª vez em 2022, aponta CNI