O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 8,79 bilhões no segundo trimestre, um avanço de 11,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a instituição nesta quarta-feira (9). Já o lucro contábil foi de R$ 8,35 bilhões, uma alta de 8,7% na mesma comparação.
Analistas esperavam, em média, lucro de R$ 8,65 bilhões no trimestre, com base em dados coletados pela Refinitiv.
A inadimplência acima de 90 dias do Banco do Brasil foi a 2,73%, frente a 2,62% no primeiro trimestre e 2% no segundo trimestre do ano anterior.
A carteira ampliada de provisões para crédito de liquidação duvidosa (PCLD ampliada) ficou em R$ 7,18 bilhões, contra R$ 5,86 bilhões no primeiro trimestre deste ano.
Revisão de projeções do Banco do Brasil
O Banco do Brasil elevou a projeção de crescimento de sua carteira de crédito em 2023 para o intervalo de 9% a 13%, frente a 8% a 12% anteriormente.
Além disso, também aumentou a expectativa de alta neste ano da margem financeira bruta para entre 22% a 26%, contra 17% a 21% antes.
O banco, porém, piorou a estimativa para as receitas de prestação de serviços, e agora projeta alta de 4% a 8% em 2023, contra 7% a 11% anteriormente, além de elevar a perspectiva para a PCLD ampliada para R$ 23 bilhões a R$ 27 bilhões, ante projeção anterior de R$ 19 bilhões a R$ 23 bilhões.
Segmentos
Na distribuição por segmentos de crédito, a carteira pessoa física ampliada cresceu 10% em relação a junho do ano passado e 0,6% em relação a março deste ano. O destaque foi o crédito consignado (+2% no trimestre e +9,3% em 12 meses).
Em relação ao crédito para empresas, a carteira pessoa jurídica ampliada expandiu-se 10,4% em 12 meses e 2,5% no trimestre. Os melhores desempenhos foram registrados na carteira para micro, pequenas e médias empresas, com avanço de 1,4% no trimestre e de 21,8% em 12 meses e para as grandes empresas, com crescimento de 2,9% no trimestre e de 9,3% em 12 meses.
O crédito para o agronegócio encerrou junho com saldo de R$ 321,6 bilhões, alta de 22,7% sobre junho do ano passado. Somente no Plano Safra 2022/2023 (de julho do ano passado a junho deste ano), foram emprestados R$ 190 bilhões, alta de 23,3% em relação à safra anterior.
No primeiro semestre, o crédito para o agronegócio e a agricultura familiar somou R$ 75 bilhões, alta de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. Os destaques foram linhas de investimentos (+46,8% em 12 meses) e de custeio (+30,6% em 12 meses). Ao considerar apenas os agricultores familiares, foram emprestados R$ 7,8 bilhões para 106 mil produtores, crescimento de 18,4% em relação aos seis primeiros meses de 2022.
As operações de crédito sustentáveis, que respeitam parâmetros sociais e ambientais, atingiram R$ 321,6 bilhões no fim do primeiro semestre, com alta de 10% em 12 meses.