O Grupo Banco do Brasil (BB) reestruturou R$ 2,5 bilhões nos primeiros dez dias do programa Desenrola Brasil. Destes, mais de R$ 500 milhões foram associados à Faixa 2 do programa. Além disso, mais de R$ 1,8 bilhão correspondem a renegociações especiais proporcionadas diretamente pelo banco, enquanto R$ 175 milhões foram reestruturados por intermédio da empresa Ativos S.A, uma subsidiária do banco.
A instituição financeira informou que 288 mil clientes refinanciaram suas dívidas entre 17 e 28 de julho. Desse total, cerca de 150 mil optaram pela renegociação através do Banco do Brasil, enquanto 138 mil optaram por meio da subsidiária.
O BB ampliou as opções de renegociação para além das pessoas físicas com renda de até R$ 20 mil, que foram o foco da primeira fase do Desenrola. Agora, o banco também oferece a oportunidade de reestruturação para outros públicos inadimplentes, como micro e pequenas empresas, bem como pessoas físicas em geral.
Público
Ao se analisar os segmentos de público, o Banco do Brasil realizou reestruturações de mais de R$ 500 milhões para 65 mil indivíduos enquadrados na Faixa 2 do Programa Desenrola, cujas opções de renegociação foram disponibilizadas na semana passada. O banco também refinanciou cerca de R$ 1,2 bilhão para 70 mil pessoas físicas em geral, e aproximadamente R$ 550 milhões para cerca de 10 mil micro e pequenas empresas.
A instituição bancária oferece incentivos que incluem descontos de até 25% nas taxas de juros de renegociação, descontos de até 96% nas dívidas pendentes e prazos de até 120 meses para pagamento, para os grupos de público selecionados.
Em relação aos Ativos S.A, a empresa que faz parte do Grupo Banco do Brasil e lida com aquisições e recuperação de operações de crédito com mais de 90 dias de atraso, já beneficiou mais de 138 mil clientes. A empresa oferece vantagens especiais, como descontos substanciais nas operações e a opção de parcelamento em até dez vezes sem juros.
Canais de atendimento do Banco do Brasil
Para aqueles que desejam reestruturar seus débitos junto ao Banco do Brasil, estão disponíveis diversos canais de atendimento. Assim, os clientes têm a possibilidade de utilizar o aplicativo móvel ou o site oficial da instituição. Dessa forma, no caso de pessoas físicas, o link para acesso é este aqui. Já as empresas interessadas devem fazer suas solicitações através deste endereço.
Além disso, a renegociação também pode ser solicitada por meio de telefone, utilizando os números 4004 0001 (para capitais) ou 0800-729-0001 (para demais regiões). Além disso, os clientes têm a opção de utilizar o WhatsApp, enviando a mensagem #renegocie para o número (61) 4004-0001. Outra alternativa é dirigir-se a qualquer agência do Banco do Brasil.
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O que é o Desenrola Brasil?
O programa “Desenrola Brasil” é uma iniciativa prometida durante a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela tem o objetivo de realizar um mutirão de renegociação de dívidas para pessoas físicas. A principal meta é remover essas pessoas das listas de inadimplentes e promover a recuperação do potencial de consumo da população.
Estimativas do Ministério da Fazenda indicam que aproximadamente 70 milhões de pessoas serão beneficiadas pelo programa. O governo pretende direcionar seus esforços para os devedores com renda bruta de até dois salários mínimos. Da mesma maneira, para os que estejam inscritos no Cadastro Único (CadÚnico). Isso com o objetivo de oferecer oportunidades de regularização financeira para aqueles que enfrentam maiores dificuldades econômicas.
Dessa forma, o programa teve sua implementação antecipada pelo Ministério da Fazenda e começou a operar na segunda-feira (17). Inicialmente, a renegociação estará disponível apenas para a faixa 2 do programa, abrangendo pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil.
Adicionalmente, a partir da segunda também, os principais bancos do país deram início a um processo de “limpar o nome” de até 1,5 milhão de correntistas. São aqueles que possuem dívidas de valor inferior a R$ 100. Assim, essa medida foi estabelecida como um requisito prévio pelo governo para a participação dos grandes bancos no programa.
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Quem pode participar do Desenrola com o Banco do Brasil?
Durante o segundo semestre, o Programa se estenderá para abranger indivíduos com renda mensal de até dois salários mínimos ou aqueles listados no Cadastro Único dos beneficiários de programas sociais do Governo Federal. Essa expansão incluirá pessoas com dívidas de até R$ 5 mil, que tenham sido registradas como negativadas entre 2019 e 31 de dezembro de 2022, e cujo estado de negativação ainda esteja ativo em 27 de junho.
Os devedores que optarem pela renegociação na Faixa 1 terão a oportunidade de consolidar suas dívidas no momento em que efetuarem o financiamento. Isso se aplica tanto a dívidas bancárias quanto não bancárias. A implementação da Faixa 1 do Programa Desenrola será realizada por meio de uma plataforma específica, que está atualmente em fase de desenvolvimento.
Embora a operacionalização da Faixa 1 ainda não tenha sido iniciada, os clientes que se qualificam para esse grupo e desejam regularizar suas dívidas podem aproveitar as condições de negociação apresentadas aqui e proceder com a renegociação de suas operações inadimplentes de acordo com as soluções existentes no Banco.
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Faixa 1
A “faixa 1” do programa Desenrola Brasil é destinada à população que possui uma renda de até R$ 2.640, equivalente a dois salários mínimos, ou está inscrita no Cadastro Único do governo federal (CadÚnico). Assim, nessa faixa, é possível renegociar dívidas financeiras e não financeiras de até R$ 5.000, contraídas no período de 1º de janeiro de 2019 a 31 de dezembro de 2022.
Em relação à “faixa 1”, o Ministério da Fazenda emitiu uma portaria que estabelece que as instituições financeiras devem se habilitar na plataforma digital do programa para iniciar as renegociações. No entanto, a portaria não especifica datas.
Dessa forma, ainda em agosto, o governo planeja realizar um leilão para determinar quais credores serão contemplados, e aqueles que oferecerem maiores descontos terão vantagem no processo.
É importante ressaltar que a maioria das dívidas negativadas no país (66,3%) não é com bancos. Elas são com varejistas e empresas de serviços essenciais, como água, gás e telefonia. Por isso, o governo planeja realizar grandes leilões divididos por setores, a fim de negociar milhares de dívidas simultaneamente. Assim, os credores que oferecerem os maiores descontos terão a oportunidade de participar do programa.