O Banco do Brasil alcançou uma marca em 2020 que expressa bem as dificuldades impostas durante o ano, marcado pela pandemia da Covid-19. Com uma forte queda de 30,1% na comparação com o ano anterior, o lucro líquido contábil da instituição financeira chegou a R$ 12,69 bilhões. A saber, em 2019, o lucro líquido atingiu a marca de R$ 18,62 bilhões. E tudo isso aconteceu, principalmente, por conta da crise sanitária, que está prestes a completar um ano, mas ainda longe de chegar ao fim.
Vale ressaltar que, no último trimestre do ano passado, o lucro líquido chegou a R$ 3,199 bilhões, o que representa uma forte queda de 43,8% em relação ao nível registrado no mesmo período de 2019 (R$ 5,694 bilhões). No entanto, o valor superou em 3,7% o nível alcançado no terceiro trimestre de 2020.
A propósito, o lucro líquido ajustado do banco, que exclui operações extraordinárias, atingiu um patamar menos elevado, de R$ 11,89 bilhões no ano passado. Isso também representa uma queda de 30% em relação ao mesmo período de 2019. Já o retorno sobre patrimônio líquido (RSPL) caiu para 12% em 2020, contra 17,3% no ano anterior. Aliás, o RSPL mede como o banco remunera o capital dos acionistas.
De acordo com o Banco do Brasil, estes resultados sofreram impactos diretos de gastos “prudenciais”. Assim, esses valores iriam cobrir eventuais calotes no período da pandemia da Covid-19.
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Além disso, a carteira de crédito do banco avançou 9,7% em 2020 e somou R$ 681,8 milhões. Em suma, os destaques ficaram para empréstimos e direitos creditórios descontados, que dispararam 21,4%, e para financiamentos rurais, que subiram 6,8%. Por outro lado, houve queda nas modalidades de financiamentos imobiliários (-5,9%) e aquisição de recebíveis (25,6%).
Por fim, vale lembrar que o Banco do Brasil anunciou a abertura de dois Programas de Demissão Voluntária em janeiro deste ano, com o objetivo de conseguir a adesão de cinco mil funcionários.
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