Projeções feitas pelo banco Goldman Sachs de como estará a economia global em 2075 mostram que o Brasil pode ser superado, economicamente falando, por países como Paquistão e Egito nos próximos 50 anos.
Conforme o estudo, divulgado nesta segunda-feira (17), ao fim das próximas cinco décadas, enquanto os países emergentes seguirão crescendo mais do que os desenvolvidos, a lista das maiores economias do mundo pode estar completamente diferente da relatada nos dias atuais.
De acordo com as projeções do banco, o grupo dos dez maiores Produtos Internos Brutos (PIBs) globais estará dominado por nações emergentes e donas de populações gigantes em comparação à da maioria das tradicionais potências do eixo norte que, atualmente, ainda dominam o ranking.
Segundo o banco, os Estados Unidos, por exemplo, que há décadas é a nação mais rica do mundo, daqui a 50 anos, deverá ostentar apenas a terceira posição das mais ricas, estando atrás da China e da Índia, que são os únicos países que contam, atualmente, com mais de um bilhão de pessoas.
Atrás desses países, conforme a projeção do banco, estarão Estados que, atualmente, não estão nem mesmo entre as 20 mais ricas do mundo, como Indonésia, Nigéria, Paquistão e Egito. Essas quatro, em 2075, devem ter PIBs maiores que o Brasil, que deve estar na oitava posição no ranking econômico.
Desses países citados, tirando o Egito, todos os países a frente do Brasil têm, também, populações maiores do que as pouco mais de 200 milhões de pessoas que vivem hoje no território brasileiro.
A projeção mostra uma mudança no ranking que já teve França, Itália, Canadá, Espanha e Coreia do Sul, considerados “nanicos populacionais”, com menos de 50 milhões de habitantes, liderando o ranking de liderança econômica mundial – esses países terão desaparecido da lista nos próximos anos.
Nesse sentido, explica o banco, a lista mostra que, nos próximos anos, o ranking econômico estará mais alinhado ao tamanho populacional do país. Além disso, a instituição também revela que a projeção mostra que, daqui a alguns anos, o nível de renda dos países pobres e emergentes, já considerada a renda média por pessoa, estará um pouco mais perto do que a dos países desenvolvidos, e a desigualdade global terá diminuído.
De acordo com o Goldman Sachs, apesar da tendência de ficar atrás dos países citados, o Brasil, que ficou na 11ª posição entre as maiores economias do mundo em 2022, deve ganhar posições e terminar 2075 na oitava posição do ranking.
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