Os ajustes na taxa de juros brasileira são de suma importância para o adequado funcionamento da economia, e o Banco Central os comunica sempre que há uma manutenção ou modificação na taxa. Agora, a recente alteração assume um papel fundamental no cenário econômico.
Dada a relevância dessa taxa, é essencial compreender seu funcionamento e os impactos decorrentes da mudança anunciada pelo Banco Central. Continue a leitura para obter mais informações.
Taxa Básica de Juros
A taxa Selic, como a principal referência para a taxa básica de juros no Brasil, é o principal instrumento de controle da inflação pelo Banco Central. Ela influencia todas as taxas de juros no país, incluindo empréstimos, financiamentos e investimentos financeiros.
Quando a inflação está em alta, o Banco Central aumenta a taxa Selic. Em contrapartida, quando as projeções de inflação estão alinhadas com as metas estabelecidas, a taxa é reduzida.
Para determinar a taxa básica de juros e conter o aumento dos preços, o Banco Central leva em consideração as metas de inflação para o próximo ano e para um horizonte de 1 ano, que começa em 2025.
Estimativas de inflação
Na semana anterior, os economistas do mercado financeiro revisaram para baixo suas estimativas de inflação para este ano, passando de 4,93% para 4,86%. No entanto, essa taxa ainda está acima do intervalo da meta de inflação. Por isso, os economistas agora projetam uma inflação de 3,86% para o próximo ano, dentro da meta.
A meta de inflação para 2023 foi estabelecida em 3,25%, considerada cumprida formalmente se oscilar entre 1,75% e 4,75%. Já a meta inflacionária para o próximo ano é de 3%, sendo considerada cumprida se variar entre 1,5% e 4,5%.
Com todos esses elementos em mente, é crucial entender o que acontecerá após a recente redução da taxa Selic. Continue lendo para obter mais informações sobre esse tópico relevante na economia.
COPOM
O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu, de forma unânime, reduzir a taxa Selic em sua reunião realizada em 20 de setembro. A taxa agora está estabelecida em 12,75% ao ano.
A decisão foi tomada com base na busca pela convergência inflacionária em relação à meta ao longo do horizonte relevante, incluindo os anos de 2024 e 2025, ainda que em menor grau.
O Copom enfatizou a necessidade de serenidade diante do cenário e sinalizou a possibilidade de um novo corte de meio ponto percentual na próxima reunião.
O colegiado avalia que o cumprimento das metas fiscais estabelecidas pelo Governo Federal pode contribuir para ancorar as expectativas inflacionárias e orientar a política monetária.
Vale ressaltar que esta foi a segunda redução consecutiva na taxa Selic, que começou a cair no mês anterior (agosto). A taxa atual é a mais baixa dos últimos 16 meses.
Esse anúncio estava alinhado com as expectativas do mercado financeiro, uma vez que o Copom havia indicado na reunião anterior a possibilidade de seguir reduzindo a Selic na mesma proporção do último corte.
Nível taxa básica de juros
Portanto, o Comitê, composto pelo presidente do Banco Central e oito diretores da instituição, se reúne a cada 45 dias para determinar o nível da taxa básica de juros. As próximas reuniões estão agendadas para 31 de outubro e 1° de novembro, bem como 12 e 13 de dezembro.
Haverá uma redução nas taxas de juros no Brasil?
A expectativa de 90% dos economistas horas antes da reunião era a mesma: que o comitê brasileiro aprovaria um corte de 0,5% na taxa Selic.
Isso resultaria em uma diminuição na taxa básica de juros para os brasileiros, que passaria de 13,25% para 12,75%. A decisão oficial será divulgada apenas após o fechamento do mercado, por volta das 18h30.
É relevante salientar que, se confirmada, essa queda na taxa básica de juros será a segunda consecutiva, iniciada em agosto.
Caso ocorra um corte de meio ponto percentual, a taxa Selic para os brasileiros será de 12,75% ao ano, o nível mais baixo desde maio de 2022, quando chegou a 11,75%.
É importante ressaltar que o Banco Central já manifestou a intenção de continuar com esse tipo de redução, o que significa que há expectativas de mais cortes a curto e médio prazo na taxa básica.