O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deu declarações importantes que podem mudar s perspectivas sobre a economia brasileira. Isso porque ele acredita que já há espaço para uma queda da taxa de juros, mas ressalta que é preciso cautela no movimento. Desde o início do ano, a autarquia tem um entrave com o Executivo sobre o assunto.
Na fala, que aconteceu em um evento do setor do varejo em São Paulo ontem (12), Roberto Campos Neto destacou a queda nas curvas de juros futuros, o que é um bom indicativo. A próxima reunião do Banco Central acontecerá ainda neste mês.
Queda da Selic à frente
Depois das falas do presidente do Banco Central em relação à taxa Selic, economistas passaram a acreditar na queda da taxa de juros nos próximos dias. Segundo ele, o movimento das quedas mostra a confiança do mercado nas políticas adotadas pela entidade, o que, segundo ele, é positivo para o andamento da política monetária no país.
“A curva de juros futuros tem tido queda relevante. Isso significa que o mercado está dando credibilidade ao que está sendo feito, o que abre espaço para atuação de política monetária à frente“, disse Roberto Campos Neto. Por outro lado, ele também afirmou que é preciso “parcimônia” na hora de baixar os juros e que o movimento não pode ser feito de forma artificial. Isso porque, segundo o presidente do Banco Central, os resultados obtidos podem ser diferentes do almejado.
Para o mercado, a fala fez sentido. Isso porque economistas acreditam que haverá a queda dos juros. Contudo, ainda não há unanimidade de quando. Para alguns, a queda acontecerá nos próximos dias, enquanto que outros acreditam em um queda da taxa mais à frente, em agosto. Na prática, a medida deixará mais barato o empréstimo e os financiamentos.
Segundo economistas, o mercado vem reduzindo os prêmios pagos pelos títulos, o que é um bom sinal. Em resposta a isso, a bolsa de valores opera em forte tendência de alta, mostrando a maior confiança na economia brasileira.
Os impactos da decisão do Banco Central
Desde janeiro, Lula ataca, explicitamente, o alto patamar da taxa Selic no país. Isso porque o patamar de 13,75% sufoca a economia e tende a gerar maior desemprego. Por outro lado, há um controle da inflação, que, segundo os dados, já voltou à normalidade no país. Contudo, o Banco Central ainda mantém a taxa alta.
Contudo, isso pode mudar nos próximos dias. Nesse mês, nos dias 21 e 22, o Comitê de Política Monetária (COPOM) se reunirá para decidir a nova taxa básica de juros. Para especialistas, já há condições de baixar os juros, mas outros acreditam que ainda é cedo para isso. Além disso, o presidente do Banco Central afirma que a reação do mercado ao arcabouço fiscal foi positiva, mas “as inflações de mercado ainda estão acima da meta, mas estão caindo“.