O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter inalteradas as taxas de depósito e de refinanciamento em -0,5% e 0%, respectivamente. De acordo com a instituição financeira, essa decisão continua em linha com a estratégia da política monetária da região para alcançar a meta de inflação de 2% no futuro.
A saber, a taxa inflacionária na zona do euro chegou a 4,9% em novembro, maior nível em 25 anos da série histórica. O BCE segue afirmando que a elevação da inflação nos últimos tempos ocorre de maneira “transitória”. Por isso, ainda não vê necessidade de elevar os juros na Europa.
Assim como ocorreu com os juros, o banco também decidiu manter inalterado o volume de compras do Programa de Emergência Pandêmica (PEPP, na sigla em inglês). Em resumo, o programa será descontinuado em março do próximo ano. Contudo, o BCE afirmou que as compras mensais pelo PEPP podem retornar caso haja agravamento da pandemia na zona do euro.
“A pandemia mostrou que, em condições de estresse, a flexibilidade na concepção e condução das compras de ativos ajudou a combater a transmissão prejudicada da política monetária e tornou mais eficazes os esforços para atingir a meta do BCE”, disse o banco, em comunicado.
Programa de Compras de Ativos tem reajustes
Embora o BCE não tenha alterado o PEPP e os juros, o banco reajustou o Programa de Compras de Ativos (APP, na sigla em inglês). Em suma, a instituição decidiu que o ritmo de compras ficará em 40 bilhões de euros no segundo trimestre. Em seguida, cairá para US$ 30 bilhões no terceiro trimestre e US$ 20 bilhões a partir do quarto. Nesse caso, o valor se manterá por tempo indeterminado.
“O BCE espera que as compras líquidas mensais [do APP] terminem pouco antes de começar a subir as taxas referenciais de juro”, disse o banco, em comunicado.
Leia Mais: Dólar sobe nesta sexta (17) e acumula ganhos na semana