O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter inalteradas as taxa de juros entre 0% e 0,25% na zona do euro. Os analistas acreditavam que isso aconteceria, apesar da inflação recorde registrada na região.
A saber, a taxa inflacionária na zona do euro chegou a 5,1% em dezembro de 2021, maior nível em 25 anos da série histórica. O BCE segue afirmando que a elevação da inflação nos últimos tempos ocorre de maneira “transitória”. Por isso, ainda não vê necessidade de elevar os juros na Europa.
Vale destacar que a inflação supera em muito a meta do BCE para a região, que atualmente é de 2%. No entanto, o banco não só manteve a taxa de juros inalterada, como também afirmou que seguirá com o programa de estímulos na economia da região.
Contudo, a presidente do BCE, Christine Lagarde, não descartou o aumento dos juros ainda em 2022. Aliás, a inflação elevada deverá continuar pressionando o banco para aumentar os juros.
Por outro lado, os juro mais altos tendem a desacelerar a economia da região. Em suma, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 5,2% em 2021. No entanto, o ritmo de crescimento sofreu forte desaceleração no quarto trimestre do ano passado. Isso indica que os juros mais altos podem fazer a economia da região sofrer uma estagnação, coisa que o BCE não deseja.
BCE remove cláusula devido inflação elevada
Nesta reunião do BCE, o banco decidiu remover uma cláusula que determinava que o próximo movimento poderia seguir em “qualquer direção”. Essa mudança de postura se dá justamente devido à inflação expressiva na região. Inclusive, Lagarde afirmou que os riscos da taxa inflacionária na zona do euro estão “inclinados para cima”.
“O Conselho do BCE está pronto para ajustar todos os seus instrumentos, conforme apropriado, para garantir que a inflação se estabilize em sua meta de 2% no médio prazo”, disse o banco, em comunicado.
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