O Banco Central Europeu (BCE) vem mantendo sua política monetária sem alterações desde o início da pandemia. A saber, os juros e o programa de compra de ativos seguem inalterados. E, nesta quinta-feira (22), o banco reforçou o compromisso de manter as taxas de juros nas mínimas recordes por mais tempo.
Na verdade, a decisão tem o objetivo de ajudar a inflação na zona do euro a crescer e atingir a meta de 2%. Isso porque a taxa local continua em nível muito baixo. Em resumo, os juros mais baixos tendem a aquecer a economia e, consequentemente, elevar a taxa inflacionária.
Por isso, o BCE, que responde pelos 19 países que utilizam o euro, afirmou que os juros permanecerão baixos. Na verdade, essa decisão faz os juros praticados no país seguirem baixos. Com isso, a oferta de crédito cresce, pois a população precisará pagar menos juros pelos créditos adquiridos.
“O Conselho espera que as taxas de juros do BCE permaneçam em seus níveis atuais ou mais baixos até que veja a inflação alcançar 2% bem antes do fim do seu horizonte de projeções e de forma durável pelo restante do horizonte de projeções e até que julgue que o progresso realizado na inflação esteja suficientemente avançado para ser consistente com a estabilização da inflação em 2% no médio prazo”, afirmou o BCE, em nota.
Veja mais detalhes da decisão do BCE
Em suma, a mensagem do BCE serve para acalmar os mercados sobre uma possível elevação dos juros. Isso quer dizer que os juros devem continuar sem elevação. Aliás, o BCE não eleva tais taxas desde 2011 e deve seguir nesse ritmo por mais, pelo menos, dois anos, segundo o próprio banco.
“Isso pode também implicar um período transitório em que a inflação fique moderadamente acima da meta”, afirmou o BCE. Agora, o banco espera que a taxa inflacionária local cresça e atinja sua meta, mas não há expectativas para que isso ocorra num curto prazo.
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