O Banco Central da Inglaterra (BoE) informou nesta quinta-feira (17) que elevou a taxa básica de juros do país em 0,25 ponto percentual. Dessa forma, a taxa passou de 0,50% ao ano para 0,75% ao ano. A saber, a elevação veio em linha com as estimativas do mercado.
Esta é a terceira elevação consecutiva dos juros no país. Aliás, o BoE foi o primeiro grande banco central do planeta a elevar os custos dos empréstimos desde a decretação da pandemia da Covid-19 em março de 2020. Aliás, a primeira alta dos juros ocorreu em meados de dezembro do ano passado, enquanto a segunda elevação acontece em fevereiro.
Em suma, o Comitê de Política Monetária do BoE, composto por nove membros, decidiu elevar a taxa de juros no país por oito votos contra um. Essa decisão ficou novamente à frente de outros grandes bancos centrais do mundo, que também tentam segurar o aumento da inflação.
Inflação deve girar em torno de 8%
De acordo com a autoridade monetária, a taxa anual da inflação deverá ficar em torno de 8% no segundo trimestre deste ano. Já nos últimos seis meses de 2022, a taxa poderá ser “ainda maior” que 8%, segundo o banco. Isso deverá ocorrer devido à invasão da Rússia à Ucrânia, que vem elevando os preços globais das commodities.
“As pressões inflacionárias globais se fortalecerão consideravelmente nos próximos meses, enquanto o crescimento nas economias que são importadoras líquidas de energia, incluindo o Reino Unido, deve desacelerar”, disse o BoE, em comunicado.
Este cenário deverá pressionar ainda mais os preços ao consumidor no país, principalmente devido à energia. Ao mesmo tempo, o ritmo da economia deve desacelerar. Por isso, há um dilema para o BoE: ao elevar os juros, a pressão dos preços diminui e as famílias sofrem menos. Contudo, a medida tende a reduzir o crescimento econômico, afetando a renda das famílias.
A saber, o Reino Unido encerrou janeiro com a maior taxa inflacionária em mais de 30 anos. Resta aguardar pelas próximas decisões do banco sobre a política monetária local.
Leia Mais: Produção industrial do país cai em fevereiro, aponta CNI